Depois da facada que levou em Juiz de Fora, ele já foi operado 4 vezes. A última foi em setembro de 2019 para corrigir uma hérnia que emergiu pela cicatriz da operação anterior. Sua mais recente internação foi em julho passado também com obstrução intestinal.
Somem-se a isso outros dois procedimentos cirúrgicos sem relação com a facada, mas que o obrigaram a ser hospitalizado: a retirada de um cálculo na bexiga e uma vasectomia. Está internado desde ontem, e outra vez por problemas no intestino.
É a sexta vez que ele baixa a um hospital desde que tomou posse como presidente. Ou seja: a cada seis meses, Bolsonaro precisa de socorro médico. E nem por isso abre mão de se fartar com toda sorte de alimentos que lhe dão prazer e que lhe fazem mal.
Ao seu conhecido e turbulento prontuário médico, usado por ele e sua família para extrair vantagem política, acrescente-se dois episódios descobertos pelo jornalista Joaquim de Carvalho, ex-repórter da Veja e ex-editor da Rede Globo de Televisão.
No dia 7 de fevereiro de 2018, 7 meses antes da facada, Bolsonaro foi levado para uma clínica particular de Cascavel, no Paraná, onde participava de atos de pré-campanha, com problemas gastrointestinais, segundo o divulgado à época por sua assessoria.
No dia 13 de abril daquele ano, Bolsonaro passou mal no aeroporto de Boa Vista, Roraima, e foi levado para o Hospital Central do Exército, no Rio. No dia 29 do mesmo mês, Bolsonaro participou de um evento religioso em Blumenau, Santa Catarina.
Imagens de um vídeo mostram que ele se levantou quando o pastor pediu oração de cura para as pessoas com doenças no abdômen. Na ocasião, Michelle, sua mulher, e um homem que estava ao seu lado, colocaram a mão sobre a barriga de Bolsonaro.
Agora, o mais provável é que ele tenha alta do hospital em São Paulo sem passar por uma nova cirurgia. A área lesionada pela facada já foi muito mexida. Seria uma operação de elevado risco de morte para ele e para a reputação do médico cirurgião.
Literalmente, Bolsonaro é um homem-bomba, acumulador de porcarias, que de tempos em tempos terá de ser esvaziado para que não exploda. Seu desempenho como presidente da República está à altura de sua folha corrida como paciente.
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