Supor que ele seria capaz de comportar-se como um estadista ou discursar como se fosse um na abertura da 76ª Assembleia Geral da ONU, é o mesmo que, há dois anos, ter considerado difícil a escolha entre o charlatão e Fernando Haddad no segundo turno.
Equivale também a dizer, como tantos já dizem, que daqui a 12 meses, se nenhum outro candidato se impuser até lá, a Presidência da República estará ao alcance de dois conhecidos extremistas – Jair Messias Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva.
Há motivos bastantes para que 38% dos brasileiros digam hoje que não votarão em Lula de jeito nenhum, e 59% digam o mesmo de Bolsonaro, segundo a mais recente pesquisa Datafolha. Mas Lula nunca foi um extremista nem governou como extremista.
Os mais afortunados deste país sabem muito bem disso e beijaram sua mão em apelo para que voltasse a se candidatar em 2014 no lugar de Dilma. Lamentaram porque isso não aconteceu. Os defeitos de Lula comprovadamente são outros, não esse.
Extremista sempre foi Bolsonaro desde que descobriu a política como um meio de vida para sustentar-se, e à sua família, rachando com ela dinheiro público desviado por meio de brechas oferecidas pelas leis, ou simplesmente ignorando as leis.
Jamais passou pela cabeça dele eleger-se presidente. Candidatou-se por estar cansado de sua insignificância como deputado. Seu propósito era garantir a reeleição dos seus três filhos zero, dedicando-se depois a desfrutar de uma gorda aposentadoria.
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