O livro “Por que falhamos: o Brasil de 1992 a 2018” sugere 24 erros cometidos pelos governos desde Itamar até Temer, que levaram o eleitor a escolher o descaminho atual. O primeiro erro foi a opção por dividir, no lugar de somar, as forças dos democratas progressistas. Especialmente a divisão entre PT e PSDB, se digladiando para ver qual teria mais votos em cada cidade, em vez de juntos fazerem a inflexão histórica que o Brasil precisava e continua precisando. Apesar de divergências sobre o tamanho, o papel, o uso e os limites do Estado, PT e PSDB têm basicamente a mesma concepção de futuro para o Brasil. Mesmo assim, preferiram pagar pedágio a políticos fisiológicos, no lugar de se unirem pelo Brasil.
Esta divisão está no fundo das causas da tragédia histórica que enfrentamos. Seria uma irresponsabilidade deixar que a divisão reeleja e amplie a tragédia.
As lideranças democráticas e progressistas, que se dividiram e se opuseram entre elas no passado, precisam se unir desde o primeiro turno para, em 2022, o eleitor eleger um governo de transição. Precisam desde já escrever uma carta ao povo brasileiro assinada por todos os candidatos, afirmando os riscos que o país corre e a disposição deles para encontrarem o nome com mais condições para atrair os eleitores; assim como explicitar os compromissos para um governo de coalizão.
Esta unidade na adversidade é comum quando as disputas partidárias e os interesses pessoais ficam subordinadas ao interesse nacional. Momentos em que a divisão significa suicídio. Cada líder precisa colocar o interesse nacional na frente do seu partido e dos seus interesses pessoais, explicitando isto em uma nova carta ao povo brasileiro.
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