Bilac viveu em outra época, em que se podia sonhar. Certamente estaria muito decepcionado com a realidade de hoje, que transformou o Brasil num país antes lembrado por suas belezas, mas hoje caracterizado por uma insana disputa de poder que desconhece os verdadeiros interesses nacionais.
A nação que Olavo Bilac antevia e ansiava é hoje conhecida como o pais da impunidade das elites. É o único no mundo, entre os 193 membros da Organização das Nações, onde réus de corrupção, lavagem de dinheiro, improbidade administrativa, peculato e enriquecimento ilícito têm liberdade garantida até a quarta instância (Supremo), enquanto na maioria dos países nem existe quarta instância.
O que realmente revoltaria Bilac era saber que no Congresso, no Planalto e no Supremo não há a menor movimentação para mudar esse estado de coisas, graças a um pacto tácito existente entre os três Poderes da República.
Bilac lutou pela República como poucos, jamais poderia imaginar que a proclamação fosse transformar o Brasil no reino da criminalidade.
O brilhante jornalista e poeta também não conseguiria entender que um país rico como o Brasil tivesse se tornado um dos mais endividados, a ponto de um banqueiro ter se tornado ministro da Fazenda para dar um basta nos empréstimos ao governo, criando a “regra de ouro”, que está prestes a se tornar uma lei vacina, daquelas que não “pegou”.
Com raras e honrosas exceções, como se dizia nos tempos de Bilac, os governos federal, estaduais e municipais estão quebrados, tornaram-se impotentes, impassíveis e indiferentes, com o povo abandonado em suas necessidades de habitação, saneamento, educação e saúde.
Não há pudor, reina a desfaçatez, Bilac se revoltaria ao ver que o Brasil é um dos países de maior desigualdade social, onde a riqueza total tenta conviver com a miséria absoluta, enquanto a classe média se esconde atrás das grades e dos muros da hipocrisia.
É uma país que necessita desesperadamente de reformas, precisa economizar os gastos públicos para enfim conseguir atender ao cidadão.
Mas é tudo uma farsa, um conchavo entre as classes dominantes e a nomenklatura do serviço público, para manter os privilégios de cada categoria, pois não se fala em reduzir nenhum benefício de magistrado, parlamentar, governante, dirigente de estatal e servidor civil ou militar de primeira linha.
E o notável Olavo Bilac, no desespero, pensará que está bêbado, como naquela tarde em que perdeu o controle de seu carro na Estrada da Tijuca, saiu da pista e bateu numa árvore, no primeiro acidente de automóvel no Brasil. Revoltado, modificará seu mais famoso poema, para alertar às crianças que não vai haver reforma alguma.
O brilhante jornalista e poeta também não conseguiria entender que um país rico como o Brasil tivesse se tornado um dos mais endividados, a ponto de um banqueiro ter se tornado ministro da Fazenda para dar um basta nos empréstimos ao governo, criando a “regra de ouro”, que está prestes a se tornar uma lei vacina, daquelas que não “pegou”.
Com raras e honrosas exceções, como se dizia nos tempos de Bilac, os governos federal, estaduais e municipais estão quebrados, tornaram-se impotentes, impassíveis e indiferentes, com o povo abandonado em suas necessidades de habitação, saneamento, educação e saúde.
Não há pudor, reina a desfaçatez, Bilac se revoltaria ao ver que o Brasil é um dos países de maior desigualdade social, onde a riqueza total tenta conviver com a miséria absoluta, enquanto a classe média se esconde atrás das grades e dos muros da hipocrisia.
É uma país que necessita desesperadamente de reformas, precisa economizar os gastos públicos para enfim conseguir atender ao cidadão.
Mas é tudo uma farsa, um conchavo entre as classes dominantes e a nomenklatura do serviço público, para manter os privilégios de cada categoria, pois não se fala em reduzir nenhum benefício de magistrado, parlamentar, governante, dirigente de estatal e servidor civil ou militar de primeira linha.
E o notável Olavo Bilac, no desespero, pensará que está bêbado, como naquela tarde em que perdeu o controle de seu carro na Estrada da Tijuca, saiu da pista e bateu numa árvore, no primeiro acidente de automóvel no Brasil. Revoltado, modificará seu mais famoso poema, para alertar às crianças que não vai haver reforma alguma.
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