Bia Falcão dizia que “pobreza pega”. Pega como sarna, como um vírus. Entra pela pele, pela respiração”, garantia. Numa cena de “Belíssima”, a empresária explicou sua receita para circular em áreas populares. “Prendo o ar. Não toco em nada para não me contagiar”. “Não sei como eu não morri”, emendou, depois de narrar uma incursão pelo subúrbio.
Caco Antibes gostava de rir da pobreza. “Pobre é uma coisa triste”, ironizava o trambiqueiro de “Sai de Baixo”. Dizendo-se um “príncipe dinamarquês”, ele fazia piada com tudo o que viesse do povo. “Casamento de pobre é a visão do inferno”, debochava, como se só os ricos tivessem direito a subir ao altar.
Justo Veríssimo era um político sincero. “Odeio pobre. Quanto mais pobre, mais eu odeio”, repetia. Filiado ao Partido Sinceramente Hipócrita, o deputado só se dirigia ao povo na hora de pedir votos. “Eu quero é que pobre se exploda”, bradava, sem medo de chocar o eleitor.
As madames das novelas entraram para a história da TV. Retrataram o pior de certa elite brasileira: o preconceito, o ódio de classe, a aversão à mobilidade social. Foram vilãs perfeitas, interpretadas com maestria por Beatriz Segall e Fernanda Montenegro. Nos humorísticos, Miguel Falabella e Chico Anysio exploraram o lado cômico da demofobia. Suas caricaturas lembravam personagens bem reais, que insistem em povoar o noticiário de Brasília.
Ontem o jornal “Extra” chamou Paulo Guedes de “ministro Caco Antibes”. Ele mereceu a honraria ao comentar que o dólar barato estava levando empregadas domésticas à Disney. “Uma festa danada”, ironizou. Ouvido pela repórter Luiza Barros, Falabella definiu Caco como “um personagem psicótico da ficção”. Em uma frase, o ator disse tudo: “Ser comparado a ele deveria ser uma vergonha para o ministro”.
Justo Veríssimo era um político sincero. “Odeio pobre. Quanto mais pobre, mais eu odeio”, repetia. Filiado ao Partido Sinceramente Hipócrita, o deputado só se dirigia ao povo na hora de pedir votos. “Eu quero é que pobre se exploda”, bradava, sem medo de chocar o eleitor.
As madames das novelas entraram para a história da TV. Retrataram o pior de certa elite brasileira: o preconceito, o ódio de classe, a aversão à mobilidade social. Foram vilãs perfeitas, interpretadas com maestria por Beatriz Segall e Fernanda Montenegro. Nos humorísticos, Miguel Falabella e Chico Anysio exploraram o lado cômico da demofobia. Suas caricaturas lembravam personagens bem reais, que insistem em povoar o noticiário de Brasília.
Ontem o jornal “Extra” chamou Paulo Guedes de “ministro Caco Antibes”. Ele mereceu a honraria ao comentar que o dólar barato estava levando empregadas domésticas à Disney. “Uma festa danada”, ironizou. Ouvido pela repórter Luiza Barros, Falabella definiu Caco como “um personagem psicótico da ficção”. Em uma frase, o ator disse tudo: “Ser comparado a ele deveria ser uma vergonha para o ministro”.
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