Primeiro a música. A música sempre me salvou. Inclusive, num certo dia, literalmente. Vale a pena contar a história. Realizo há mais de vinte anos um programa de música africana, “A Hora das Cigarras”, que é difundido para Lisboa e todos os países africanos de língua portuguesa. Certa ocasião fui entrevistado na capital portuguesa por uma televisão alemã. Os alemães insistiram em fazer a entrevista num bairro africano, dominado pelo narcotráfico. Mal a equipe terminou de instalar os equipamentos, logo nos cercou uma multidão enfurecida, armada de paus e de pedras. Muito nervoso, expliquei que era escritor e dei o meu nome. O sujeito que parecia ser o chefe ouviu o nome e baixou o porrete com que se preparava para me rachar o crânio ao meio: “É você que faz aquele programa de música africana?”. Abraçou-me. Vieram todos abraçar-me. Os alemães olhavam para nós, espantados: “Eles conhecem-no? Leem os seus livros?”. Disse-lhes que sim, claro. Não adiantava explicar que apenas gostavam das minhas escolhas musicais.
Voltemos à música que escolhi para o meu kit: comecei por colocar nele todos os álbuns dos simpáticos velhinhos da Orchestra Baobab, do Senegal, em particular “Pirates choice”. A Orchestra Baobab sempre me resgata da escuridão, pelo prazer infantil com que cria sons: um fogo desarrumado, iluminando os quintais da minha infância.
A alegria distingue-se da felicidade porque enquanto a primeira é ruidosa, a segunda se instala discretamente, como a luz da madrugada crescendo sobre a noite. Assim, da alegria para a felicidade, recomendo o alaúde do tunisino
Anouar Brahem (todos os álbuns), e a korá do maliano Ali Farka Tour é, acompanhada pela guitarra de Ry Cooder, no prodigioso “Talking Timbuktu”.
Depois da música, os livros: “A cidade e as serras”, de Eça de Queiroz, é um desses textos raros, que não só não envelheceram com o passar dos anos, como, pelo contrário, se tornaram mais urgentes e atuais do que na época em que foram escritos — ou seja, rejuvenesceram. No romance, o autor, falecido em 1900, defende ideias que só agora começam a prosperar: o anticonsumismo, o minimalismo, o regresso a um mundo mais próximo da natureza.
Além d’ “A cidade e as serras”, incluo no meu kit de sobrevivência dois ou três outros títulos que uso como mapas para me guiar entre as ruínas confusas do presente: “O outono do patriarca”, de Gabriel García Márquez, que, sendo um retrato de um ditador latino-americano, na sua inconsolável solidão, é o retrato de todos. Recorro ainda ao alento da “Obra poética”, de Rui Knopfli, brilhante poeta moçambicano, que merecia ser melhor conhecido no Brasil, e d’ “O livro do desassossego”, de Fernando Pessoa, através de Bernardo Soares.
Protegido pela luz da poesia, abro a porta e saio para a rua.
Que obra milagrosa de grande amiso. Eu li um artigo sobre o trabalho dele e foi incrível, pois as coisas que ele faz são maravilhosas e excelentes. Eu precisava de ajuda para recuperar minha ex-esposa, e vi críticas maravilhosas do grande Amiso e entrei em contato com ele, independentemente do fato de que eu não pretendia acreditar nele e me disse que ajudar as pessoas faz isso. feliz. Você acredita nisso? Fiquei tão aliviada do meu trauma emocional depois de conversar com ele e ele me disse que prepararia um feitiço de amor para mim, o que traria minha ex-esposa de volta em 24 horas. Eu não conseguia descobrir como fazê-lo, mas ele me garantiu que minha ex-esposa voltaria para mim e sobre a qual, depois de seguir suas instruções, ele preparou o feitiço de amor e minha ex-esposa voltou para mim dentro de 24 horas. Eu estava tão feliz e hoje, minha ex-esposa e eu estamos nos divertindo. Não sei o que você está passando hoje, mas posso garantir que o ótimo Amiso pode ajudá-lo. Somente clientes sérios que precisam da ajuda dele podem enviar uma mensagem para resposta imediata por e-mail: herbalisthome01@gmail.com
ResponderExcluir