Racismo institucional: deputada negra é barrada por segurança da Alerj
A deputada estadual Monica Francisco foi mais uma vez barrada, desta vez por uma segurança da Alerj. Após presidir sua primeira audiência como presidente da Comissão de Trabalho da Alerj (ela comemorou no Twitter: "Primeira mulher negra a ser presidenta da Comissão"), Monica foi à sala da presidência da Alerj conversar com o presidente, deputado André Ceciliano. Quando uma segurança a impediu de entrar, colocou a mão na frente e falou: "Quem é você?". Monica usava um broche de identificação como deputada (veja na foto abaixo, no detalhe).
Em fevereiro, no Tribunal de Justiça para assistir à posse do presidente e mesmo com o broche e uma etiqueta do cerimonial, a parlamentar foi impedida de usar o elevador para autoridades e orientada a usar o destinado ao público geral, que estava sendo usado para transportar equipamentos de manutenção.
Só neste começo de ano, três deputadas negras do Rio passaram pela mesma situação: além de Monica (duas vezes), a também deputada estadual Dani Monteiro (na Alerj) e a federal Talíria Petrone (no Congresso, em Brasília).
"Mais um caso constrangedor de racismo institucional! Já protocolamos um projeto de lei de formação para enfrentamento ao racismo voltado para servidores e terceirizados", escreveu Monica no Twitter, há pouco. O projeto de lei (299/2019) é de autoria dela e das deputadas Dani Monteiro e Renata Souza.
"Nós iremos repetir quantas vezes for necessário: nossos corpos estarão em todos os lugares, inclusive nos espaços de decisão"
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