Os filhos dele – Eduardo, Flávio e Carlos – Bolsonaro são muito mal educados. Comportam-se como se fossem porta-vozes do governo. É uma esculhambação familiar inaceitável num país em que nepotismo é proibido.
Os rebentos do primeiro casamento de Bolsonaro, que está no terceiro matrimônio e tem mais dois filhos, Jair Renan e Laura, precisam ser contidos a qualquer custo, porque estão causando problemas ao futuro governo, que tem de se acertar internamente para conquistar respeito externo.
Depois de o presidente Bolsonaro ter recuado no caso da embaixada em Jerusalém, chutando a decisão para janeiro, e depois de o vice-presidente, general Mourão, ter dito que o assunto precisa ser repensado, porque o Brasil não pode se arriscar a fazer parte da rota do terrorismo islâmico, um dos filhos de Bolsonaro volta a atiçar o tema.
Nesta terça-feira, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), durante visita aos EUA, fez questão de declarar que a transferência da embaixada para Jerusalém é uma decisão tomada. “Não se sabe ao certo a data, quando ocorre, mas temos a intenção… A questão não é perguntar se vai, é perguntar quando vai”, disse Eduardo Bolsonaro, cheio de certezas.
Afinal, quem manda nesse governo? É uma pergunta importante e que precisa de resposta. O presidente eleito Jair Bolsonaro recebeu nesta quarta-feira, a visita do embaixador de Israel, Yossi Shelley, na Granja do Torto, mas não informou o assunto do encontro. Ou seja, mantém reserva sobre o polêmico assunto da mudança da embaixada, mas seu filho Eduardo tem outra visão do problema.
É claro que se trata de nuvem passageira, porque Eduardo Bolsonaro é deputado federal e deverá passar a cuidar do próprio mandato, espera-se. Da mesma forma, aguarda-se que Flávio tome posse como senador e arranje o que fazer, enquanto o terceiro filho Carlos é vereador no Rio de Janeiro e também precisa fazer jus à generosa remuneração que o povo lhe paga.
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