No dia 15 de maio, Michel temer promoveu uma celebração no Planalto para marcar o aniversário de dois anos do seu governo. Ele desperdiçou um discurso de uma hora autoelogiando-se. A crise provocada pela paralisação dos caminhoneiros demonstra que o presidente estava hospedado no mundo das fantasias. Pouco importa que os fatos o desmintam. A reação de Temer à paralisação dos caminhões veio tarde e deixou a sociedade brasileira à mercê da anarquia de um setor econômico que não enxerga nada além do próprio umbigo.
Temer é um presidente enfraquecido por denúncias de corrupção. Ele mantém uma rotina de reuniões com assessores suspeitos que se dedicam exclusivamente a reclamar dos outros e a falar bem de um governo que apodreceu. O risco de uma coisa assim dar certo é inexistente. Mas, sob Temer, o Planalto exagera na capacidade de transformar o ruim em algo muito pior.
Os caminhoneiros desafiaram a autoridade do governo. Temer abriu a negociação pedindo trégua. Depois de ajoelhar-se, entregou a alma à turma da roda presa. Cedeu desde o congelamento do diesel até um subsídio de R$ 5 bilhões para atenuar o peso do reajuste dos combustíveis até o final do ano. E as estradas continuaram bloqueadas. Só então foram acionadas as forças de segurança. O Brasil tornou-se um lugar ideal para o surgimento de um país inteiramente novo. Caos não falta. Temer é um ex-presidente da República no exercício da Presidência.
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