Veja como são as coisas. Se não fossem um mísero queijo provolone e dois pacotinhos de biscoitos de Maizena ninguém saberia que existe um deputado que dorme no presídio à noite e de dia atua como parlamentar na Câmara. Senta-se, no plenário, ao lado do companheiro Paulo Maluf, procurado pela Interpol em mais de 120 países do mundo por crime de corrupção, mas que também desfruta das benesses do parlamento brasileiro. Esses são os condenados conhecidos. Outras centenas de processados povoam os corredores e dão expedientes na Câmara dos Deputados. Flagrados com os produtos na cueca na inspeção ao voltar para o presídio, Celso Jacob, PMDB-RJ, agora amarga um castigo por indisciplina.
Esse é o quadro preto e branco, sem retoques, do parlamento no Brasil. Dois ex-presidentes da Câmara, Eduardo Cunha e Henrique Alves, em cana. Seriam três se o João Paulo Cunha não tivesse sido indultado pela Dilma, sua parceira petista. Três ex-governadores também no xilindró e uma enxurrada de outros na mira da justiça. Diante desse descalabro, às vezes até nos sentimos muito próximos do que disse Pelé certa vez: o brasileiro não sabe votar. Mas, e os Estados Unidos? Sabem? Então por que elegeram um bufão tresloucado como Donald Trump, a nossa Magna versão americana. Mas parece que nos EUA existe uma diferença: a justiça funciona e seus criminosos recebem penas exemplares.
Aqui, no nosso Brasil varonil, se a justiça realmente funcionasse deputados da laia de Jacob e Maluf já estariam mofando na cadeia há muito tempo. Agora, depois do flagrante dos agentes penitenciários, os nossos togados acordam da letargia e descobrem que o Jacob foi condenado a sete anos prisão e resolvem devolvê-lo ao presídio sem regalias. A 3º Turma do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios acatou recurso do Ministério Público e decidiu deixar o Jacob trancafiado. Como vai acumular faltas, espera-se que dessa vez a Câmara dos Deputados casse o seu mandato. Com a decisão, o deputado não corre mais o vexame de ver subtraído seus biscoitinhos e os queijinhos provolone. A família doravante se encarregará de satisfazer seus desejos gastronômicos nos dias de visita.
E aonde estava essa justiça que só agora descobriu o Jacob? Ora, deitada no amontoado de processos que vão de um canto a outro e acabam em nenhum lugar. É o caso do Maluf. É inadmissível o que vem ocorrendo com o deputado. Condenado, ele convive com os deputados na Câmara e ainda se dá ao luxo de conchavar votos lá dentro para livrar o presidente Temer das investigações sobre corrupção. É claro que anexado ao processo do deputado paulista está o cartaz da Interpol com a sua fotografia de procurado em mais de 120 países. Ma o que fazer se a justiça continua cega.
No exterior somos vistos como uma republiqueta de bananas. E não é pra menos. Um ex-presidente (Lula) condenado por corrupção, presidentes da Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativas presos e deputados e senadores pendurados em processos da Lava Jato. Mas até então ainda existiam os sortudos, caso do Jacob, beneficiado pelo regime semiaberto. Dormia na cela e pela manhã, de terno e gravata, esperava seu motorista particular à porta do presídio que o levava, como uma autoridade acima de qualquer suspeita, aos trabalhos no parlamento.
Se realmente, a regra for cumprida, Jacob passa agora às tarefas do presídio como limpar os corredores com rodo e vassoura, escovar o boi (vaso sanitário) e obedecer cegamente as ordens do xerife da cadeia para não cometer nenhum tipo de infração sob o risco de ser obrigado a dividir o mesmo colchão com o chefão.
Na Papuda, onde ele está recolhido, ninguém vacila, pois, a lei tem de ser cumprida rigorosamente. E o deputado Jacob certamente ainda será submetido a um severo interrogatório pelo tribunal carcerário. Esses “magistrados” querem saber, por exemplo, por que o parlamentar desviou dinheiro da construção de uma creche em Três Rios quando foi prefeito da cidade. Normalmente, esse pessoal que compõe esse tribunal de exceção não dá refresco para quem comete esses crimes contra crianças, surrupiando delas o queijinho e o biscoitinho da sua refeição.
Esse é o quadro preto e branco, sem retoques, do parlamento no Brasil. Dois ex-presidentes da Câmara, Eduardo Cunha e Henrique Alves, em cana. Seriam três se o João Paulo Cunha não tivesse sido indultado pela Dilma, sua parceira petista. Três ex-governadores também no xilindró e uma enxurrada de outros na mira da justiça. Diante desse descalabro, às vezes até nos sentimos muito próximos do que disse Pelé certa vez: o brasileiro não sabe votar. Mas, e os Estados Unidos? Sabem? Então por que elegeram um bufão tresloucado como Donald Trump, a nossa Magna versão americana. Mas parece que nos EUA existe uma diferença: a justiça funciona e seus criminosos recebem penas exemplares.
Aqui, no nosso Brasil varonil, se a justiça realmente funcionasse deputados da laia de Jacob e Maluf já estariam mofando na cadeia há muito tempo. Agora, depois do flagrante dos agentes penitenciários, os nossos togados acordam da letargia e descobrem que o Jacob foi condenado a sete anos prisão e resolvem devolvê-lo ao presídio sem regalias. A 3º Turma do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios acatou recurso do Ministério Público e decidiu deixar o Jacob trancafiado. Como vai acumular faltas, espera-se que dessa vez a Câmara dos Deputados casse o seu mandato. Com a decisão, o deputado não corre mais o vexame de ver subtraído seus biscoitinhos e os queijinhos provolone. A família doravante se encarregará de satisfazer seus desejos gastronômicos nos dias de visita.
E aonde estava essa justiça que só agora descobriu o Jacob? Ora, deitada no amontoado de processos que vão de um canto a outro e acabam em nenhum lugar. É o caso do Maluf. É inadmissível o que vem ocorrendo com o deputado. Condenado, ele convive com os deputados na Câmara e ainda se dá ao luxo de conchavar votos lá dentro para livrar o presidente Temer das investigações sobre corrupção. É claro que anexado ao processo do deputado paulista está o cartaz da Interpol com a sua fotografia de procurado em mais de 120 países. Ma o que fazer se a justiça continua cega.
No exterior somos vistos como uma republiqueta de bananas. E não é pra menos. Um ex-presidente (Lula) condenado por corrupção, presidentes da Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativas presos e deputados e senadores pendurados em processos da Lava Jato. Mas até então ainda existiam os sortudos, caso do Jacob, beneficiado pelo regime semiaberto. Dormia na cela e pela manhã, de terno e gravata, esperava seu motorista particular à porta do presídio que o levava, como uma autoridade acima de qualquer suspeita, aos trabalhos no parlamento.
Se realmente, a regra for cumprida, Jacob passa agora às tarefas do presídio como limpar os corredores com rodo e vassoura, escovar o boi (vaso sanitário) e obedecer cegamente as ordens do xerife da cadeia para não cometer nenhum tipo de infração sob o risco de ser obrigado a dividir o mesmo colchão com o chefão.
Na Papuda, onde ele está recolhido, ninguém vacila, pois, a lei tem de ser cumprida rigorosamente. E o deputado Jacob certamente ainda será submetido a um severo interrogatório pelo tribunal carcerário. Esses “magistrados” querem saber, por exemplo, por que o parlamentar desviou dinheiro da construção de uma creche em Três Rios quando foi prefeito da cidade. Normalmente, esse pessoal que compõe esse tribunal de exceção não dá refresco para quem comete esses crimes contra crianças, surrupiando delas o queijinho e o biscoitinho da sua refeição.
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