Imaginem as ideias diabólicas, as propostas indecentes, as bravatas e conspirações entre eles, quando os gravadores estão desligados. É melhor não imaginar nada, a realidade já é suficientemente abjeta e revoltante. Foram os políticos e funcionários que comeram na mão de Joesley que facilitaram seu acesso ao dinheiro “barato” do BNDES. Barato para ele, mas caro para o Tesouro Nacional, que pagava juros mais altos do que os que cobrava de Joesley. Com a mamata ameaçada, ele queria tirar Maria Silvia do BNDES. Mas não estava sozinho, é o “Joesley de todos os Joesleys”, um tipo de empresário brasileiro que acumula os defeitos do capitalismo e do socialismo, em causa própria.
Quando você ouve Joesley exigindo de Temer mudanças no BNDES, no Cade, na Receita Federal e na CVM, nos termos e tons que usa, não precisa ouvir mais nada.
O irônico é que o erro fatal de subsidiar “campeões nacionais”, que vitimou a “direita nacionalista” do governo Geisel, foi repetido pela “esquerda desenvolvimentista” de Lula e Dilma. Só mudaram os nomes nomes dos Joesleys.
Nelson Motta
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