A política tem sido o melhor negócio dos últimos anos, um guichê até agora sem riscos para malfeitores protegidos por foros privilegiados. Assalto à mão desarmada, com chantagens a vender facilidades, a corrupção grassa desde sempre. Episodicamente, o circo desfralda a bandeira da moralidade para que, como na prestidigitação do Gattopardo, tudo mude para igual ficar.
A fachada do negócio tem nome: contribuição “voluntária” para propaganda eleitoral “gratuita”, venda de emendas, ameaça de CPIs, engrenagem azeitada para enriquecer os eleitos, escamoteando propinas e caixas de tons variados. A esta altura, vão sendo abertas as delações das empreiteiras. Falta abrir a lista da amável e desinteressada ajuda financeira das, digamos, 50 maiores empresas brasileiras e multinacionais com atuação no país... Aí teremos a real dimensão da falcatrua e de toda cadeia de valor dos corruptores aos beneficiados nos últimos anos.
Por que a propaganda “gratuita” ficou tão cara? Pesquisas de opinião, produções hollywoodianas, biombos com o fito de enganar o caro eleitor e o pobre cidadão, aqueles que pagam afinal toda a conta da corrupção.
O coronelismo marcou a República Velha. O jagunço da oligarquia do café com leite deu lugar a mulas que carregam envelopes, mas os beneficiários são os mesmos que não o povo: os políticos de ocasião, opositores dos ideais republicanos e inimigos da Nação, sem outro interesse senão locupletar-se pela manutenção do poder, esquecidos de que a política aristotélica é moral e que o fim do Estado é a virtude.
A confusão é grande: o judiciário assume ares de executivo, o executivo se traveste de legislador reformista e o legislador é mercador de facilidades ou dificuldades, dependendo de quem pagará mais.
O Brasil tinha pressa; agora, de fracasso em fracasso, destruídos a esperança e os sonhos, desperdiçados os sacrifícios e as conquistas, têm pressa de enterrar o Brasil. Vêem-se fantasmas nos palácios, enquanto, fora deles, as cidades se agitam, o povo grita, mas os gritos ainda são surdos. Os ratos querem safar-se do titânico assalto antes de botar o último prego no caixão.
A nova República começou a morrer com Tancredo Neves, assim como a velha República deu sinais de moribunda com a gripe espanhola que sepultou o segundo mandato de Rodrigues Alves. Não se sabe a que coveiro caberá enterrar a velha-nova República e junto dela os fantasmas dos coronéis praticantes da pior política. Ficará conhecida como a República da Propina como a República Velha foi chamada de República Oligárquica ou República da Bucha.
A fachada do negócio tem nome: contribuição “voluntária” para propaganda eleitoral “gratuita”, venda de emendas, ameaça de CPIs, engrenagem azeitada para enriquecer os eleitos, escamoteando propinas e caixas de tons variados. A esta altura, vão sendo abertas as delações das empreiteiras. Falta abrir a lista da amável e desinteressada ajuda financeira das, digamos, 50 maiores empresas brasileiras e multinacionais com atuação no país... Aí teremos a real dimensão da falcatrua e de toda cadeia de valor dos corruptores aos beneficiados nos últimos anos.
Por que a propaganda “gratuita” ficou tão cara? Pesquisas de opinião, produções hollywoodianas, biombos com o fito de enganar o caro eleitor e o pobre cidadão, aqueles que pagam afinal toda a conta da corrupção.
O coronelismo marcou a República Velha. O jagunço da oligarquia do café com leite deu lugar a mulas que carregam envelopes, mas os beneficiários são os mesmos que não o povo: os políticos de ocasião, opositores dos ideais republicanos e inimigos da Nação, sem outro interesse senão locupletar-se pela manutenção do poder, esquecidos de que a política aristotélica é moral e que o fim do Estado é a virtude.
A confusão é grande: o judiciário assume ares de executivo, o executivo se traveste de legislador reformista e o legislador é mercador de facilidades ou dificuldades, dependendo de quem pagará mais.
O Brasil tinha pressa; agora, de fracasso em fracasso, destruídos a esperança e os sonhos, desperdiçados os sacrifícios e as conquistas, têm pressa de enterrar o Brasil. Vêem-se fantasmas nos palácios, enquanto, fora deles, as cidades se agitam, o povo grita, mas os gritos ainda são surdos. Os ratos querem safar-se do titânico assalto antes de botar o último prego no caixão.
A nova República começou a morrer com Tancredo Neves, assim como a velha República deu sinais de moribunda com a gripe espanhola que sepultou o segundo mandato de Rodrigues Alves. Não se sabe a que coveiro caberá enterrar a velha-nova República e junto dela os fantasmas dos coronéis praticantes da pior política. Ficará conhecida como a República da Propina como a República Velha foi chamada de República Oligárquica ou República da Bucha.
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