sábado, 17 de dezembro de 2016

Pacotinho de bondades para as elites

É preciso aguardar a reação das centrais sindicais, dos grandes sindicatos e dos partidos e entidades voltadas para o trabalhador. Só então saberemos se o pacotinho de bondades anunciado quinta-feira pelo governo foi nova manifestação dos donos do poder em favor das elites e das empresas, de preferência as grandes.

Porque em se tratando do trabalhador, nem paliativos. Nada com relação ao combate ao desemprego que atinge muito mais do que 12 milhões de pessoas.


Acesso mais fácil ao crédito dos que já se valem dele; abatimento e refinanciamento de dívidas empresariais e de valores devidos a prejuízos; eliminação de multas no caso de demissões sem justa causa; cobrança de preços diversificados nas compras com cartão de crédito e outras iniciativas que, com muita justiça, contemplarão o capital no meio da crise. Agora, para o trabalho, nada.
É esse o retrato da administração Temer que dia a dia perde índices de popularidade. Levaram sete meses na gestação desse pacotinho que só irá favorecer as elites, mas nenhuma menção à abertura de frentes de trabalho para criar novos empregos.

Dirão os inocentes que a melhoria da situação das empresas, com o tempo, levará à diminuição do desemprego, o que é verdade. Mas essa equação capenga o palácio do Planalto continuará devendo aos que mais necessitam de ajuda no país. Ajuda imediata, por sinal.

Lamenta-se o silêncio do PT e penduricalhos. Pode ser estarem dedicando o fim de semana à exegese mais profunda das medidas anunciadas. Também pode ser que não.

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