É consequência do congelamento salarial e do desemprego que atingiram em cheio os padrões no poder aquisitivo. Daí, claro, a recessão. Menos consumo, menos receita de impostos. Um círculo vicioso. Uma corrente negativa que abala a população brasileira.
A inflação de 10,6%, em 2015, como reconhece o próprio IBGE, não foi resposta, na grande maioria dos casos, nos vencimentos dos regidos pela CLT e dos funcionários públicos.
Somem-se a esse resultado os índices inflacionários mensais de janeiro a maio deste ano. O aumento do custo de vida verificado em 2015 somente foi reposto para os 29% da mão de obra ativa brasileira que ganham o salário mínimo e para os aposentados e pensionistas do INSS. Neste caso, com base em lei existente. No mais, as perdas salariais se acumularam e continuam se acumulando.
Qualquer reajuste (não aumento) é considerado um absurdo por parte da equipe econômica do governo. Os mesmos personagens veem com naturalidade absoluta a incidência dos juros anuais de 14,25% sobre o montante da dívida pública, que está na escala de 2,9 trilhões de reais, como revela o Banco Central. Uma contradição flagrante. Dois olhares diversos sobre o panorama socioeconômico de nosso país.
Márcia de Chiara revela a divisão da mão de obra ativa (100 milhões de homens e mulheres) por classes de renda. Vamos a elas.
O Brasil tem aproximadamente 57 milhões de famílias. A classe A é formada por 3% da população. A classe B1 por 5%. A B2 pela percentagem de 15. A C1 por 23%. A C2 por 27. Finalmente o grupo relativamente majoritário, classes D/E, faixa na qual se encontram 29% dos brasileiros.
Na classe A estão as famílias (não pessoas, mas o conjunto de 4 pessoas) cuja renda mensal é de 20,9 mil reais. Na B1 as famílias de rendimentos mensais de 9,2 Mil. Em seguida a B2 juntando grupos familiares que percebem 4,8 mil mensais. Depois a classe C1 os que ganham 2,7 mil. Abaixo a C2 com 1 mil e 600 reais. Finalmente os grupos D/E, cujos rendimentos estão contidos na faixa do salário mínimo.
A reportagem de O Estado de São Paulo produziu uma plena transparência da realidade social e salarial brasileira.
Verifica-se que 56% dos grupos familiares têm rendimento de 1 a 2 salários mínimos. Se incluirmos a escala de 1 a 3 SM, observamos que tal grupamento nada menos que 79% dos que trabalham num país chamado Brasil. E que somente 8% têm rendimento que pode ser classificado como classe média. Reitero que se trata de renda média familiar.
Resultado da soma dos salários de 4 pessoas em média. A parcela dos que ganham acima de 9,2 mil reais não chega a 10%. Se alongarmos a faixa de renda, neste caso individual, para englobar aqueles cujos rendimentos passam de 20 salários mínimos, encontraremos apenas 0,8% da população.
É fácil defender congelamento dos salários para assegurar a contenção dos gastos públicos. Difícil é viver com a compressão salarial, uma característica brasileira.
Qualquer reajuste (não aumento) é considerado um absurdo por parte da equipe econômica do governo. Os mesmos personagens veem com naturalidade absoluta a incidência dos juros anuais de 14,25% sobre o montante da dívida pública, que está na escala de 2,9 trilhões de reais, como revela o Banco Central. Uma contradição flagrante. Dois olhares diversos sobre o panorama socioeconômico de nosso país.
Márcia de Chiara revela a divisão da mão de obra ativa (100 milhões de homens e mulheres) por classes de renda. Vamos a elas.
O Brasil tem aproximadamente 57 milhões de famílias. A classe A é formada por 3% da população. A classe B1 por 5%. A B2 pela percentagem de 15. A C1 por 23%. A C2 por 27. Finalmente o grupo relativamente majoritário, classes D/E, faixa na qual se encontram 29% dos brasileiros.
Na classe A estão as famílias (não pessoas, mas o conjunto de 4 pessoas) cuja renda mensal é de 20,9 mil reais. Na B1 as famílias de rendimentos mensais de 9,2 Mil. Em seguida a B2 juntando grupos familiares que percebem 4,8 mil mensais. Depois a classe C1 os que ganham 2,7 mil. Abaixo a C2 com 1 mil e 600 reais. Finalmente os grupos D/E, cujos rendimentos estão contidos na faixa do salário mínimo.
A reportagem de O Estado de São Paulo produziu uma plena transparência da realidade social e salarial brasileira.
Verifica-se que 56% dos grupos familiares têm rendimento de 1 a 2 salários mínimos. Se incluirmos a escala de 1 a 3 SM, observamos que tal grupamento nada menos que 79% dos que trabalham num país chamado Brasil. E que somente 8% têm rendimento que pode ser classificado como classe média. Reitero que se trata de renda média familiar.
Resultado da soma dos salários de 4 pessoas em média. A parcela dos que ganham acima de 9,2 mil reais não chega a 10%. Se alongarmos a faixa de renda, neste caso individual, para englobar aqueles cujos rendimentos passam de 20 salários mínimos, encontraremos apenas 0,8% da população.
É fácil defender congelamento dos salários para assegurar a contenção dos gastos públicos. Difícil é viver com a compressão salarial, uma característica brasileira.
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