quinta-feira, 30 de junho de 2016

Dois presidentes são nenhum

Caso não tenha mudado de ideia, a presidente afastada Dilma Rousseff estará viajando hoje para Belém às custas de donativos da direção do PT para ressarcir a viagem aérea, possivelmente num avião da Força Aérea. Depois de muito meditar, Madame e sua turma desistiram de utilizar uma aeronave particular. Preferiram os meios oficiais, por questões de segurança, mas como só tinham autorização para voar de graça no trajeto Brasília-Porto Alegre-Brasília, optaram por arcar com as despesas. Organizaram uma célebre “vaquinha”, reunindo doações dos companheiros. Ignora-se quanto custará o périplo, muito menos como os recursos chegarão à FAB.

Mais uma trapalhada da presidente afastada. Primeiro porque não deveria estar viajando pelo país inteiro, prerrogativa incompatível com sua quarentena. Depois, porque o PT não existe para custear despesas particulares. Acresce que se fosse imprescindível seu deslocamento à capital do Pará, deveria ter apelado para suas reservas privadas.

De qualquer forma, lá se vai a presidente para mais uma de suas múltiplas incursões fora de hora, quando deveria estar cuidado de sua defesa, procurando anular o afastamento quando se esgotarem os 180 dias fora do poder. Pelo jeito, parece perto da saída definitiva.

Enquanto isso, o país parou. Michel Temer esforça-se inutilmente para governar. Teria essa condição caso estivesse no exercício pleno de suas funções. Dois presidentes da República são nenhum, mais ou menos como no final de sua vida Luiz Carlos Prestes definia o Partido Comunista: “Não é partido e não tem comunistas”.

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