quinta-feira, 30 de junho de 2016

Brasil no pau-de-arara

Por força desse comportamento reiterado das autoridades - "Eu sou autoridade, você não é ninguém, portanto,cale-se", é que o país está desse jeito.
Não me calo. diante do autoritarismo, diante da injustiça, diante dos comportamentos ditatoriais que nós temos verificado neste País
Janaína Paschoal 

Um jovem universitário, em São Paulo, foi executado militarmente pela política depois de furar uma blitz policial. Os policiais envolvidos foram afastados e cumprem funções internas enquanto se investiga a participação deles.

O ex-ministro Paulo Bernardo teve revogada sua prisão. Sem foro privilegiado, apesar de todos os indicativos de seu connhecimento e participação no assalto a funcionários e pensionistas públicos com o crédito consignado, ainda assim o ministro do STF, Dias Toffoli, considerou a prisão um "constrangimento ilegal".

O Brasil continua  o paraíso que privilegia a autoridade, seja ela da polícia ou da política, em detrimento do cidadão. Um país de duas caras. A primeira concede a liberdade e a liberalidade sob os risos de felicidade; a outra, uma carranca de desprezo, autoritária, espalhando choro e ranger de dentes. O cidadão sem farda vai logo para o xilindró; sem amizade política, paga como pena multas injustificáveis quando não, se pobre, em presídios dos mais desumanos do mundo.

Se o mundo mudou, o Brasil sobrevive socialmente entre a casa-grande e a senzala sob os holofotes edulcorados da auto-propaganda. Mudança, como se espera, haverá compulsoriamente quando talvez daqui a 100 anos o planeta estiver mudado. Mas não no momento enquanto se cultivar tanto o privilégio da "autoridade" sobre a cidadania.

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