Não comprar a “roubada” dessa guerra, entende-se. Seria inteligente negar-lhes o que eles mais querem desde que ficasse claro que era disso que se tratava. Mas Geraldo Alkmin, o candidato-custe-o-que-custar que não conduz, é conduzido, fez muito mais que isso: atirou pedras no deus da educação pública que os fariseus arrastavam pelo calvário; renegou um plano de indiscutível melhoria da qualidade da educação e da gestão do dinheiro público para ajoelhar-se diante do me-engana-que-eu-gosto dos estudantes de araque do soviete da Apeoesp; reconfirmou a idéia de que neste país quem mete o pé na lei vence ao enche-los de rapapés e salamaleques…
Herman Voorwald, diante desse ato oficial que veio estabelecer que não só o interesse público como também a educação deixaram de fazer parte do escopo da Secretaria de Educação, pediu, digno, as contas, educador e servidor sem aspas que é. Seja quem for o cabo eleitoral que sua excelência encontre para por no lugar dele é certo que não lhe renderá os votos pela adulação dos quais está humilhando São Paulo. Aquela turminha de gatos pingados que foi animada a cuspir nos direitos dos 12 milhões de paulistanos nas últimas semanas ficou desolada com a perspectiva do fim da farra e promete continuá-la indefinidamente para que fique mais uma vez bem claro que nada disso tem qualquer coisa a ver com educação, com reorganização escolar ou, muito menos ainda, com “diálogo“, é só mais um ensaio do que vem por aí quando o Brasil pedir que o estado petista dê um passinho atras para que a economia nacional consiga por o nariz um dedo acima do mar de lama.
Já aquela imprensa aliada dos opressores dos seus leitores que “turbina” cada ato do “Movimento dos Sem Crise” para vender traque por furacão e intimidar quem venha querer tocar nos seus privilégios, esta colocou mais um tijolo no tumulo no qual se vai emparedando. E os “publishers” desnorteados, incapazes de desviar o olho de qualquer coisa mais que o próprio bolso na sua incúria omissa, descem mais um degrau em direção ao Nono Círculo do Inferno, aquele mais baixo de todos que Dante reserva aos traidores da pátria aos quais nega até o fogo; condena ao gelo do opróbio eterno.
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