Esse foi o recado que, segundo a revista Veja, o Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, teria recebido de Dilma pela voz do governador peemedebista do Rio de Janeiro. Em seguida, segundo a mesma fonte, foi a vez de Jaques Wagner ecoar o mesmo recado. Quem mandou o segundo recado por intermédio do baiano Wagner foi Lula. A lembrança que explode na memória é a de que, quando o STF livrou os mensaleiros do crime que os teria mantido atrás das grades por muito mais tempo – formação de quadrilha -, os 6 votos que viraram o jogo para o PT vieram de 7 ministros indicados pelo partido após o estouro do Mensalão. Eram 7 e teriam virado em 5?
Corta a cena para o Ministro Marco Aurélio Mello. O ministro do STF defendeu um formato “não traumático” para o país superar a crise. O ideal para o Ministro seria a “renúncia coletiva” de Dilma, do vice Temer e de Eduardo Cunha. Marco Aurélio sugere que pessoas sem a menor noção republicana pensem republicanamente, que criminosos pensem como juristas e que um representante do PMDB atue com altivez e honra. Ele, contudo, não delira sozinho e tampouco idealiza sem que muitos suspirem com ele na ânsia por tais milagres. Quer que os problemas do país sejam resolvidos como que por encanto, mas não cogita conclamar seus pares para que façam sua parte, para que façam a tão desejada diferença.
Depois dos 5 magníficos que são de propriedade de alguém (segundo o que foi noticiado) até o agradável e perspicaz Marco Aurélio perdeu a fé nos poderes de sua corte, pois não são 11, mas 6 os que, a princípio, seriam independentes, profissionais, decentes. Dos 11 Ministros da Suprema Corte brasileira, quase a metade estaria a serviço de alguém que não a Constituição Federal. Não sei se é verdade, mas até pode ser, pois não li nenhuma manifestação de repúdio à notícia por parte do STF, não li desmentido por parte das instituições envolvidas e não tomei conhecimento de nenhuma reação forte ao que foi noticiado e que é gravíssimo.
Entretanto, ao contrário do que o cenário sugere, há um bom caminho a seguir. Há uma resposta a ser dada e, por que não, pelo próprio Ministro Marco Aurélio. Se Dilma, Temer e Cunha não renunciam, depois da menção dos “5 Supremos a soldo”, Marco Aurélio poderia comandar um processo de renúncia coletiva de todos os ministros do STF. Já que 5 já foram colocados sob titânica suspeição e já que o trio do Planalto e do Congresso se fez de morto para ganhar sapato novo, os Ministros do Supremo – todos – deveriam renunciar a seus cargos, imediata e irrevogavelmente.
Afinal, se Dilma, Temer e Cunha não tem dignidade suficiente e optarão pelo desfecho mais dramático possível, nada como a renúncia de 11 ministros do STF. O ideal seria que apenas os 5 de Dilma e de Lula pedissem para sair, mas eles são iguais a Dilma, Lula, Temer e Cunha. A única diferença entre os 5 de Dilma no STF e os inquilinos do Palácio do Planalto e da Câmara é a cor das poltronas das casas, pois as do STF são marrons, da cor do nariz dos 5 “magistrados”.
Ficamos assim: Dilma e Lula têm 5 no STF, Marco Aurélio quer a renúncia como solução menos traumática e eu quero que todos se abracem e tomem vergonha na cara. Renunciem todos. Já. Renunciem Dilma e Temer, renuncie Lula e Cunha. Renuncie Marco Aurélio e, por via das dúvidas, todos os outros 10 Ministros do STF.
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