domingo, 12 de abril de 2015

Não dá para esperar 2018


Confirma-se, por mais uma etapa da Operação Lava Jato, a extensão da roubalheira que assola o governo. Agora são a Caixa Econômica e o ministério da Saúde acusados de manipular contratos de falsa prestação de serviços em benefício de deputados e empresas afins. Dentro de pouco tempo não sobrará mais nenhuma instituição pública que não tenha sido atingida pela corrupção. Do mensalão ao petrolão, às hidrelétricas, ferrovias, rodovias, refinarias e demais atividades do poder público, a sujeira é uma só. Sem esquecer a Receita Federal. Dilma não sabia de nada. Nem o Lula, antes.

Vamos confiar em que não sabiam mesmo. De que planeta, então, governavam o país? Com que auxiliares trabalhavam, não se podendo omitir a participação de muitos deles na lambança?

Não dá para imaginar que continuaremos assim por mais quatro anos, com a Polícia Federal diariamente elucidando malfeitos e prendendo malfeitores de alta e de baixa estirpe. Incrustados no governo, é grande o número de políticos e de empresários que já estão e mais irão parar na cadeia. Louve-se a ação de policiais, procuradores e juízes encarregados de investigar e punir, mas as indagações vão mais fundo: como tudo pode acontecer nessas proporções olímpicas? A quem debitar a responsabilidade maior? Fazer o quê?

Esperar as eleições gerais de 2018, positivamente, não é solução. Antecipá-las será inconstitucional, além de perigoso. Acreditar que da noite para o dia bandidos se transformem em anjos, também não. Quem quiser que opine, mas por muito menos Fernando Collor foi defenestrado.

Deve acautelar-se o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, porque são coincidências demais acontecendo. Em São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, João Pessoa e Natal, nos trabalhos da Câmara Itinerante, ele foi recebido por grupos de arruaceiros empenhados em impedir suas palavras. É coisa organizada, mudando apenas os personagens.

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