Criou-se, assim, um ambiente falso de prosperidade, crescimento e expectativas. Pouco importava se estava em andamento uma nova caminhada, fincada em clima de enganação e cujo aumento da riqueza correspondesse a valores muito superiores ao crescimento da renda, coisa que conhecemos bem e sabemos que não funciona.
Entretanto, a conhecida turma dos sabedores da Unicamp não perde tempo com isso. O negócio é espalhar a mancheias expectativas favoráveis ao desenvolvimento que o resto se ajusta. Pouco importa se houver algum desajuste ou desvio. Nem tudo corre rigorosamente como planejado. Vale é a essência da farmacologia. E nisso, pensam essas esquerdas irresponsáveis, são insuperáveis. Ademais, têm a lenha necessária para o fogão manter-se aceso: se não der certo, faz-se de outra maneira – e o que é ainda mais estimulante, ninguém recebe punição.
Não consigo enxergar como vai haver-se a dra. Dilma nesse turbilhão que S. Exa., voluntariosa e autoritária, montou. Poderia ter-lhe parecido armadilha para pegar rato, tão fácil era o “achado”, e acabou virando engenho para prender urso. Se estiver errado, pelo menos penso como a maioria das pessoas sensatas: a sra. chefe do governo acabou vítima dos instrumentos montados pelos seus funcionários, sob a sua aprovação e mando. Muito desatino depois, tornou-se prisioneira do PMDB e dos economistas. A prisão política é mais virulenta do que a econômica. Desta, pode, com restrições, livrar-se do ministro Levy. Daquela, há de conformar-se com o que tem. “Much ado about nothing” (Shakespeare), ainda tê-los-á?
Márcio Garcia Vilela
Nenhum comentário:
Postar um comentário