Lula teve duas fases desde a sua ascensão ao poder: a esperança e a decepção. Ao assumir pela primeira vez a presidência da República, Lula trazia consigo a expectativa de como um simples brasileiro comandaria a Nação. Havia muita esperança e seus primeiros anos de governo foram arrebatadores, com a economia em franca expansão e aumento substancial dos beneficiários do Bolsa Família.
A partir da metade da sua primeira gestão, começou a pipocar a corrupção: Escândalo dos Bingos; Assessor do deputado José Guimarães (PT-CE), irmão de José Genoino, transportando dinheiro numa mala e dólares na cueca; Mensalão; Quebra do sigilo de um caseiro e demissão de Palocci; Compra de um dossiê por parte de agentes da campanha do PT, em São Paulo.
Mesmo assim, Lula foi reeleito, porque teve massiva votação dos bolsistas e da classe média, com a economia em crescimento.
No seu segundo mandato, Lula enfrentou novos problemas graves: Desdobramento do mensalão; Crise no setor aéreo; Cartões Corporativos; Rosegate; Passaportes diplomáticos; Enriquecimento da família (seu filho era o “Ronaldinho” dos negócios); Erenice Guerra. E agora o escândalo da Petrobras mostra apenas a ponta do iceberg, pois falta apurar o BNDES, os Fundos de Pensão e as outras estatais.
A grande mídia brasileira tem sua parcela de culpa, ao endeusá-lo, ao inflar-lhe o ego de tal maneira que a fama lhe subiu à cabeça de forma inexorável e altamente prejudicial no desenrolar da sua trajetória como chefe da nação e, posteriormente, como “orientador” de Dilma Rousseff.
Lula deve ter imaginado que era de fato um milagreiro, que era “o cara”! Mas foi enganado e enganou a si mesmo, e hoje paga o preço pela sua furtiva glória, porém interminável desonra.
Daqui para a frente, Lula deve servir de exemplo para que o povo não caia mais em armadilhas políticas, tipo salvador da pátria e pai dos pobres. As duas administrações do ex-metalúrgico redundaram na maior crise moral e ética já registrada no país, culminando com a conclusão que venho escrevendo há tempos: Lula traiu o povo e País!
A experiência de tê-lo como presidente da República pode evitar que os próximos mandatários se comportem como ele, fiquem deslumbrados com o poder e se sintam onipotentes.
Francisco Bendl
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