Jonathan Swift, pensador irlandês que viveu de 1667 a 1745, diz que a maioria das pessoas é como alfinetes: suas cabeças não são o mais importante
Mentir é das artes mais difíceis e trabalhosas. Não é para qualquer alfinete, não. Quem quer ser um mestre na arte de enganar, tem que ter, em primeiro lugar, uma memória fabulosa e, em segundo lugar, respeitar o infeliz a quem mente. Acima de tudo, tem que ser diligente, estar sempre atento e não saber o que é preguiça, já que a mentira obriga o mentiroso a estar sempre fiando outras mentiras para sustentar a primeira que engendrou.
O grande erro dos políticos brasileiros é não ler, não estudar, não se aventurar entre os clássicos da literatura e querer, com sua rala cultura, fazer aquilo que Lincoln já advertia ser impossível e é: enganar a todos o tempo todo.
Vejam o PT e sua mentira mais usada: a vida que deu aos pobres. Quem nasceu, por exemplo, no último quartel do século 20 com certeza acredita que antes do PT aqui era o nada. Que os brasileiros nem sorrir sorriam, eram uns infelizes de pai e mãe. Antes do PT, era o breu!
Talvez nem acreditem que antes do PT o MDB, que pariu o PMDB, foi o partido no qual os brasileiros apaixonados pela liberdade e ansiosos pelo fim da ditadura mais confiaram.
Não os culpo. O PMDB, inerte, aquele que entra calado e sai mudo, não inspira que se acredite que já foi o berço de políticos que amavam mais o Brasil do que o Poder. De alguns que até abriram mão do Poder para preservar um país mais decente e com um futuro mais digno.
Leem Juca Kfouri, o jornalista do futebol, e acreditam quando ele garante que o repúdio demonstrado em várias cidades e bairros deste enorme Brasil ao engodo que foi a campanha e a consequente eleição de dona Dilma à Presidência da República foi “contra o incômodo que a elite branca sente ao disputar espaço com esta gente diferenciada que anda frequentando aeroportos, congestionando o trânsito e disputando vaga na universidade”.
Gente diferenciada como dona Dilma, a filha de imigrante que deu certo. Ficam em êxtase diante da foto da presidente em sua modesta cozinha familiar, onde se vê, numa prateleira ao fundo, o xodó das cozinhas de todo o Brasil, o radinho.
Vestidinha com um simples blazer, a presidente da República tem nas mãos uma frigideira de onde despeja numa travessa o macarrão na manteiga que preparou para os seus.
Não sei o que a minha nonna diria de um macarrão que saiu da panela para uma frigideira, mas sei o que eu digo das panelas de dona Dilma: um luxo, um sonho dourado, são panelas Le Creuset!
Mas, acreditem, é uma típica cozinha pós-PT. Até no detalhe das orquídeas em vez da tradicional comigo-ninguém-pode.
Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa
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