domingo, 18 de janeiro de 2015

O Brasil dos excessos


O que acontece com um balão de borracha se, depois de enchê-lo, a pessoa continuar soprando e soprando? Vai estourar, é claro... Pois é. Assim estamos vivendo nós, brasileiros. Sabemos que o balão vai estourar, mas continuamos soprando. Ainda assim, vamos nos assustar com o estouro desse balão, principalmente quem não está prestando atenção. Tudo tem uma medida certa – os balões, os sacos, a vida...

É sempre assim: tudo o que existe demais acaba sobrando. E nosso povo está convivendo com muitos excessos: excessos de leis, de deputados, de partidos políticos, de falta de vergonha e de respeito, de senadores, de ministérios, de juízes que não judicam ou que pouco produzem por excesso de recursos processuais, por excesso de preguiça também, leis benevolentes que condenam, mas não prendem ladrões e, principalmente, terroristas... E, continuando assim, chegaremos vivos ao inferno. Por que só agora estamos começando a notar essas coisas? Será por excesso de fé em Deus? Boa saída para os irresponsáveis ou preguiçosos de má-fé... Então: esse balão vai estourar porque o Brasil é assim, desse jeito? Não, nós não somos assim.

Estamos assim por desleixo. Precisamos de líderes do bem. Sim, porque de líderes do mal o mundo está cheio. Por aqui é Sarney, Renan, ex-Luiz, (cadê o homem, gente), Jucá, Barbalho, Vicentinho (quem? Vicentinho, pô), Berzoini, Tarso Genro, Maluf, Dirceu, Palocci. Ia me esquecendo de Genoino... muitos desses não estão presos? Estão nada. Estão mais soltos que o terrorista italiano Battisti, aquele, sabe?

Eu acho que estou ou sou pessimista. Será? Pode até ser, mas penso em achar jeito para pelo menos ajudar, sugerindo. Assim: diminuir o número de deputados federais, uns 150; estaduais, de 15 a 30, conforme o Estado. Vereadores, no máximo 15, assim mesmo só nas capitais. Construir cadeias, muitas cadeias; acabar com essa discriminação da política de cotas. Educação, saúde e segurança como políticas de Estado e de responsabilidade da União, Estados e municípios.

Proibir emancipação de distritos municipais por pelo menos dez anos. Proibir gastos com propagandas oficiais, permitidos publicação apenas de editais e avisos, justificada a necessidade. Considerar sempre o tempo de serviço do funcionalismo efetivo para efeito de remuneração.

Efetivar todos os funcionários contratados com mais de 20 anos de serviço. Proibir novas contratações. Novas nomeações só para cargos comissionados que não poderão passar do prazo do mandato do presidente da República, que deverá ser de cinco ou seis anos, sem reeleição, fonte inesgotável de corrupção. Nada mais que dois ou três mandatos no Legislativo. Reformar o Código Tributário. Transformar os Tribunais de Contas em Câmaras de Contas dos Tribunais de Justiça, providas por desembargadores. Como está é brincar de fazer de conta... E tudo isso rápido, já que o tempo urge e também ruge...

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