Se Dilma quisesse mesmo fazer o ‘dever de casa’, vetaria a reindexação das dívidas dos estados e municípios
No século passado estados e municípios quebrados
transferiram suas dívidas para a bolsa da Viúva e aceitaram um indexador para
quitá-las. Agora, querem mudá-lo, para pagar menos. Com a nova metodologia a
União perderá R$ 59 bilhões de receita, R$ 1 bilhão em 2015. Isso num cenário
em que, pela primeira vez desde que o Brasil voltou a ter moeda, o governo
federal fechou um mês com deficit de R$ 15,7 bilhões. Mais: para melhorar sua
contabilidade, o ex-ministro da Fazenda no exercício interino do cargo anuncia
cortes nos programas de auxílio-desemprego, abono salarial e auxílio-doença.
Se a questão central fosse dar folga aos governadores e
prefeitos, a solução já seria condenável, mas não se trata apenas disso. O
Congresso também elevou o teto de endividamento permitido aos estados e
municípios. Era de 120% da receita líquida e passará a ser de 200%. Ou seja,
quem deve e não quer cumprir o contratado fica autorizado a dever mais.
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