quarta-feira, 5 de novembro de 2014

A urna segura e a totalização suspeita


O problema não é a urna, e sim a totalização dos votos, que supostamente pode ser adulterada por técnicos no TRE ou TSE no momento que em que recebe os discos.
O ano era de 2006. Eu era repórter político no Jornal do Brasil, no Rio, e fui procurado por um cidadão da Baixada Fluminense que tinha documentos nos quais mostrava boletins de urnas adulterados, e a cópia de um inquérito. Investiguei uma semana, acionei a assessoria da Polícia Federal, etc (ele mostrou, mas não deixou ficar com cópias). Havia indícios de fraude. No dia da eleição presidencial, o JB manchetou: 'PF investiga fraude na urna eletrônica'.

Por que digo que havia indícios de fraude?

Dois dias antes da manchete, fui chamado por três delegados à Superintendência da PF no Rio. Numa sala fechada, me disseram que a urna é segura. Mas confirmaram o inquérito e disseram que investigavam, sim, suspeita de fraude.

O problema não é a urna, e sim a totalização dos votos, que supostamente pode ser adulterada por técnicos no TRE ou TSE no momento que em que recebe os discos. Se souber trabalhar bem (evidente, isso significa não ultrapassar numa urna o nº de votantes, em caso de modificação).

Ou seja, eles concentravam as investigações nos técnicos do TRE Rio e do TSE. O disco com a totalização é o foco.

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