O problema não é a urna, e sim a totalização dos votos, que supostamente pode ser adulterada por técnicos no TRE ou TSE no momento que em que recebe os discos.
O ano era de 2006. Eu era repórter político no Jornal do
Brasil, no Rio, e fui procurado por um cidadão da Baixada Fluminense que tinha
documentos nos quais mostrava boletins de urnas adulterados, e a cópia de um
inquérito. Investiguei uma semana, acionei a assessoria da Polícia Federal, etc
(ele mostrou, mas não deixou ficar com cópias). Havia indícios de fraude. No
dia da eleição presidencial, o JB manchetou: 'PF investiga fraude na urna
eletrônica'.
Por que digo que havia indícios de fraude?
Dois dias antes da manchete, fui chamado por três delegados
à Superintendência da PF no Rio. Numa sala fechada, me disseram que a urna é
segura. Mas confirmaram o inquérito e disseram que investigavam, sim, suspeita
de fraude.
O problema não é a urna, e sim a totalização dos votos, que
supostamente pode ser adulterada por técnicos no TRE ou TSE no momento que em
que recebe os discos. Se souber trabalhar bem (evidente, isso significa não
ultrapassar numa urna o nº de votantes, em caso de modificação).
Ou seja, eles concentravam as investigações nos técnicos do
TRE Rio e do TSE. O disco com a totalização é o foco.
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