segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Sobre o fim de uma era



Não há mágicas para criar um novo mundo político. Mas há possibilidades de algo melhor. Por que não aceitar isto?
No livro de Milan Kundera “A festa da insignificância”, um personagem disse: “Ninguém em torno de Stálin sabia mais o que é uma brincadeira. É por isso, a meu ver, que um grande novo período da história se anunciava”. O personagem, chamado Charles, referia-se a uma piada que Stálin contava e nenhum dos seus ministros conseguia rir, com medo de que o ditador estivesse falando sério.

É muito difícil prever fins de era. Mas quando o país entra numa recessão econômica é razoável prever o fim de uma longa política que resultou num desastre: foi a pior performance da História, pior que a do Marechal Floriano, em tempo de guerra.

No Flamengo, um amigo me perguntou o que era recessão técnica. Repeti o que tenho lido: o país não cresceu nos dois últimos trimestres. É como um time que passasse meio ano sem vencer.

— Se é a recessão técnica, por que não demitir o técnico, como no futebol? — concluiu o amigo.

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