Eu não quero um país eternamente governado por tipos cordiais, que
se entendem por baixo dos panos. Eu não quero um país de canalhas festejados em
palácio, de criminosos tratados como heróis, de ditadores recebidos como
irmãos. Não quero um país em que ex-presidentes bajulam foragidos da Interpol.
Não quero um país em que a presidente mente sobre as suas qualificações acadêmicas
e fica por isso mesmo, como se falsificar currículo Lattes fosse coisa normal.
Não quero um país sem valores morais.
Também não quero um país onde presidentes possam ser reeleitos.
Quero presidentes — e governadores, e prefeitos — que se dediquem ao trabalho
durante todo o mandato; quero candidatos que não possam usar a máquina do
estado, paga por todos nós, para defender os seus interesses e os interesses
mesquinhos da sua curriola.
Acho obscena a divisão do tempo da propaganda eleitoral gratuita,
até por saber o que ela implica. Não é assim que se constrói um bom país.
Nenhum comentário:
Postar um comentário