A propaganda eleitoral gratuita passou a ser um tema apetitoso para os humoristas, o que indica que perdeu sua antiga sacralidade
Às vezes, quando se diz que a maioria dos brasileiros deseja
mudar, os políticos costumam ironizar dizendo que esses mesmos cidadãos, ao
mesmo tempo, "não sabem o que querem mudar". Não é verdade. São eles
que têm dificuldade de enumerar as coisas concretas que pretendem modificar e
que os cidadãos conhecem muito bem porque, além do mais, sofrem na carne muitas
de suas consequências.
Os brasileiros às vezes revelam o que querem que seja mudado
demonstrando com fatos o que rejeitam por considerarem inútil, desgastado e até
ridículo.
Um exemplo concreto estamos vivenciando nestas eleições. Já
é tema de conversa nos bares, ônibus e supermercados –um conjunto de lugares
que os realizadores de pesquisas eleitorais deveriam frequentar mais – que a
chamada "propaganda eleitoral gratuita", que perdeu 50% da audiência
de outras vezes, assim como a propaganda que cria a poluição visual e acústica
de ruas e praças que está irritando as pessoas, não só não interessa mais, como
ainda chega a ser contraproducente.
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