O episódio dramático pode levar a um fechamento desse 'gap' entre a sociedade e a classe política
A violenta e inesperada saída de cena de Eduardo
Campos, candidato do PSB à presidência que morreu na última quarta-feira num
acidente aéreo, foi penosa e chocante não só para a sua família e seus
correligionários mais próximos. Eleitores e não eleitores do presidenciável se
sentiram consternados e obrigados a refletir sobre a processo eleitoral e sobre
quem era o político que vinha persistindo em terceiro lugar nas pesquisas com
uma mensagem de mudar o modo de fazer política no país.
Por isso, a morte de Campos pode ter um alcance maior do que
se supõe para o eleitor brasileiro, acredita a socióloga Fátima Pacheco Jordão.
“A morte trágica de Campos reduz a distância entre a sociedade e a classe
política”, avalia ela, que é diretora da D'Fatto pesquisa em Jornalismo. A
última mensagem do presidenciável, numa entrevista ao Jornal Nacional, da rede
Globo, um dia antes, “Não desistam do Brasil”, poderia ter um efeito importante
para a juventude brasileira que anda tão refratária à política. “A ideia
de renovação está escrita na sociedade. É uma mensagem que Eduardo Campos
encampou”, afirma. A sua morte, explica, fortalece a gana de mudança do eleitor.
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