Os homens de governo, os que têm a
responsabilidade dos destinos
dos povos, devem abster-se de proteger os
clubes esportivos, sobretudo os nossos
Lima Barreto, Feiras e Mafuás
Numa
corrida em defesa da presidente, dentro do esquema tático de retranca em torno
da candidata, Aldo Rebelo (PCdoB), agora conclama que o governo “não pode ser excluído da
competência de zelar pelo interesse público dentro do esporte”. Grande
financiador da Copa com quase R$ 10 bilhões públicos investidos para uma
competição de financiamento inteiramente privado, como foi anunciado, o governo
agora tenta outra jogada nesta prorrogação da derrota para os alemães.
O ministro sugere o aparelhamento
do esporte que em boa parte, como admitiu, financia sem quase nenhuma
ingerência na regulamentação e na gestão dos clubes. Para Aldo, apenas agora "o futebol e o esporte são
matérias de interesse público", e o Estado deve "retomar algum tipo
de protagonismo" nessa questão.
Mesmo sabendo de tal situação, o
próprio governo, sob o comando de Aldo Rebelo literalmente abriu as pernas para
a Fifa, que lucrou bilhões livres de impostos, e para suas “exigências”. Foi o
porteiro comunista que escancarou as portas do país para a monopolista Fifa, em
nome do povo, para o povo, pelo povo, que paga muito bem porteiros dessa laia.
Com que caráter o mesmo vai
defender uma gerência maior sobre o futebol e outros esportes se escancara o
país em nome de grandes eventos esportivos só para ter a primazia de
capitalizar os juros eleitorais? É mais uma cortina de fumaça para esconder os
interesses escusos que fizeram o PT, aliados e seu guru supremo defenderem
essas competições como alavancadoras do progresso. Pílula dourada que os
brasileiros terão de pagar agora a peso de ouro.
A coletiva do ministro só
reforçou nas entrelinhas que a Copa foi um evento inteiramente dedicado a
reforçar a administração petista e de aliados, como o PC do B do ministro, para
assegurar com vantagens o continuísmo de poder. Ninguém é burro o suficiente
para ignorar que esses eventos esportivos, que tanto serviram a ditaduras no
passado, não seriam usados pela pseudo democracia do presente para louvar seus
governantes. Ou ainda acham que Lula só trouxe a Copa para dar um Itaquerão de
graça ao Coríntians, seu clube de coração que não tinha estádio?
A defesa do ministro de um
aparelhamento do esporte - contrário à liberalização e privatização dos clubes
como nos Estados Unidos, Alemanha e outras democracias – abre brecha para as
aberrações que já são criadas pelos governos petistas. Como a daquele prefeito,
torcedor do Vasco, que doou área pública na margem lagunar para seu clube do
coração instalar um centro de treinamento. A doação, aprovada pelos vereadores,
foi feita em nome de se oferecer uma escolinha à garotada local, quando se sabe
que CT é um espaço particular. Em suma, o aparelhamento proposto pelo ministro
bem pode ser mais um atalho para “iniciativas” dessa laia para privilegiar uns
e outros dos governos.
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