“(...) Vi a decepção controlada do presidente, que se preparava, como torcedor número um do país, para viver o seu grande momento de euforia pessoal e nacional, depois de curtir tantas desilusões de governo; vi os candidatos do partido da situação aturdidos por um malogro que lhes roubava um trunfo poderoso para a campanha eleitoral; vi as oposições divididas, unificadas na mesma perplexidade diante da catástrofe que levará talvez o povo a se desencantar de tudo, inclusive das eleições.
(...)E agora, amigos torcedores, que tal a gente começar a trabalhar, que o ano já está na segunda metade?”
Carlos
Drummond de Andrade (1902-1987) escreveu a crônica “Perder, ganhar, viver” para
o Jornal do Brasil (21 de junho de 1982) logo após a eliminação da seleção
brasileira na Copa do Mundo da Espanha, em 1982. Quase uma profecia de cenas
vistas em 2014.
O texto naíntegra pode ser lido aqui
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