O sistema
político brasileiro, desde há alguns anos, se transformou em uma arapuca. Pouco
há como escapar dele que não seja destruindo a armadilha do continuísmo. Em
nome de uma democracia, que muitos apelidaram de socialista, se aplicou um
golpe branco para instauração de uma desavergonhada política, muito parecida
com projetos semelhantes aos louvados e festejados na ditadura. Estão aí mesmo
para confirmar essa “ditadura democrática” do petismo e aliados em inúmeros
programas e obras.
A lista grande serve para pensar sobre o que se está criando
no país.
Mas não se
deve apenas criticar a situação dos últimos anos, que deu exemplos de
banditismo explícito. Teve espaço a oposição para se mostrar defensora de
políticas honestas, e não politicamente incorretas, mas deixou tudo pelo
caminho. Fez o jogo que jogava a situação. A mascarada foi geral sem que uma
voz dissonante surgisse para anunciar um novo caminho. O beco ficou sem saída e
restaram ao povo o direito de votar e o dever de ficar calado diante dos
desmazelos de uns e outros.
Há a defesa
do voto para se construir a democracia, mudar o país. No entanto, a mudança tem
quer ser feita nas pessoas, aquelas que votam. E mudar só através de refletir,
se informar, deixar de lado o panfleto partidário. Pensar como gente, como
cidadão responsável por si e por todos os outros, já que o egoísmo do levar
vantagem não leva ninguém, muito menos uma nação, à frente. E esse discurso
partidário do “nós contra eles” é um atraso de anos, deixa o sujeito vivendo no
século XXI com a cabeça retrógrada nos tempos do arranca-rabo do século
passado, quando se dividia o mundo em dois, como se a Terra não fosse de todos.
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