terça-feira, 3 de junho de 2014

Vermelho da mentira


O filósofo esloveno Slavoj Zizek, em um banco de praça em Nova Iorque, certa vez contou uma historinha: Um tipo da Alemanha do Leste foi enviado para trabalhos forçados na Sibéria. Sabia que os censores leriam sua correspondência e assim combinou com os amigos: “Se a carta que enviar estiver escrita em tinta azul, o que disser nela será certo; se estiver em vermelho, será mentira”. Um mês depois chegou a primeira carta. Estava escrita em azul e dizia: “Tudo é maravilhoso aqui. Os bares estão repletos de boa comida. Os cinemas passam bons filmes ocidentais. Os apartamentos são grandes e luxuosos. A única coisa que não se pode comprar é tinta vermelha.”      
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No Brasil de hoje a situação é bem diferente. O país, em particular Maricá, está pintado de vermelho e o que falta é tinta azul.

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