quarta-feira, 25 de junho de 2014

Um novo império, a mesma corrupção


    Há cem anos, Washington era a potência hegemônica e ameaçava a América Latina com sua política do Grande Porrete (ou Big Stick, a intervenção militar). Hoje são os chineses, a segunda economia mundial em uma ordem multipolar, os que fizeram do subcontinente uma das alavancas de seu novo salto à frente no século XXI.
    As bananas da United Fruit Company, o café de Chiapas e da América Central, o jogo e a prostituição em Cuba foram substituídos pelo desembarque de empresas e profissionais chineses, ávidos por matérias-primas, mas também por investimentos e oportunidades de desenvolvimento em novos campos, como infraestrutura e tecnologia.
    Hoje, bem no momento em que busca a si mesma, a América se pergunta o que esperar desta febre invasora chinesa. Quais são seus interesses? Cada vez menos, energia e matéria-prima. Pequim já tem 40% de ambas na África e 30% na América Latina.
"E quando alguém ouve que o novo modelo democrático é o chinês, começa a pensar o que significa esse conceito para uma América Latina que está aprendendo a ser livre, sem conseguir se desfazer de sua herança histórica: a corrupção. Uma corrupção que, no código chinês, mistura-se à honra, o que dá poucas esperanças de uma futura regeneração moral que se junte ao nascimento de novas classes governantes latino-americanas"

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