Há cem anos, Washington
era a potência hegemônica e ameaçava a América Latina com sua política do
Grande Porrete (ou Big Stick, a intervenção militar). Hoje são os chineses, a
segunda economia mundial em uma ordem multipolar, os que fizeram do
subcontinente uma das alavancas de seu novo salto à frente no século XXI.
As bananas da United
Fruit Company, o café de Chiapas e da América Central, o jogo e a prostituição
em Cuba foram substituídos pelo desembarque de empresas e profissionais
chineses, ávidos por matérias-primas, mas também por investimentos e
oportunidades de desenvolvimento em novos campos, como infraestrutura e
tecnologia.
Hoje, bem no momento em
que busca a si mesma, a América se pergunta o que esperar desta febre invasora
chinesa. Quais são seus interesses? Cada vez menos, energia e matéria-prima.
Pequim já tem 40% de ambas na África e 30% na América Latina.
"E quando alguém ouve que o novo modelo democrático é o chinês, começa a pensar o que significa esse conceito para uma América Latina que está aprendendo a ser livre, sem conseguir se desfazer de sua herança histórica: a corrupção. Uma corrupção que, no código chinês, mistura-se à honra, o que dá poucas esperanças de uma futura regeneração moral que se junte ao nascimento de novas classes governantes latino-americanas"
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