O Tribunal Superior Eleitoral não vai realizar novos testes
públicos na urna eletrônica nesta véspera de eleições, como vinha sendo uma
tradição desde o pleito de 2010. Por uma incrível coincidência, a decisão vem
depois que uma equipe da UnB quebrou o sigilo da urna nos últimos testes, há
dois anos.
Segundo o tribunal, “o objetivo do TSE é a realização
periódica destes testes, porém não há um calendário fixado para tanto”. Além
disso, “considerando tratar-se de um ano eleitoral, não haverá teste de
segurança neste ano” – curiosamente isso não impediu a realização de
testes em 2012.
No lugar dos testes públicos, o TSE decidiu criar um grupo
de trabalho sobre a segurança da urna eletrônica. O grupo é constituído
essencialmente por integrantes da Justiça Eleitoral, além do professor Mamede
Lima Marques, da Universidade de Brasília.
Marques, no entanto, não fez parte do grupo da UnB que teve
sucesso em violar o sigilo dos votos nos últimos testes – ele integrava o
grupo responsável pela avaliação dos testes e entende que a urna brasileira é
suficientemente segura, sendo desnecessária, inclusive, a reintrodução da
impressão do voto.
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