Os números divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta terça foram os piores em 22 anos e atingem um dos maiores cartões de visitas das gestões petistas
Um dos grandes trunfos
dos Governos petistas foi a generosa geração de empregos. Foram mais de 20 milhões
de vagas com carteira assinada, criadas sob as duas administrações de Lula e na
atual, de Dilma
Rousseff. Esse diferencial competitivo, porém, entrou
em marcha lenta, com uma redução significativa no número de vagas criadas no
mês de maio. Foram gerados 58.836 postos de trabalho, quase metade do total
gerado no mês anterior, e 18,3% a menos do que no mesmo mês do ano passado,
segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do
Trabalho. Trata-se do pior desempenho mensal desde 1992, quando o país vivia um
processo de instabilidade política, que culminou no impeachment do
ex-presidente Fernando Collor de Mello.
A notícia era esperada,
uma vez que todos os indicadores já vinham demonstrando um desempenho pífio, a
começar pelo baixo crescimento do Produto Interno Bruto no primeiro
trimestre, quando
fechou em 0,2%, em relação ao trimestre anterior. “A
balança comercial, a produção industrial e a intenção de consumo das famílias,
por exemplo, apontam para a mesma tendência de queda”, diz Guilherme Dietze,
economista da Federação do Comércio do Estado de São Paulo. “Diante desse
cenário, as empresas assumem uma postura mais defensiva”, explica.
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