Se há algo que mais irrita nestes tempos petistas, são os
xerifes. Nada mais inconveniente do que esses desde a época dos fiscais do
Sarney, que apenas se restringiam a ficar de olho no comércio. Os fiscais de
hoje são bem diferentes. Se trocar a estrelinha que acreditam exibir no peito
por uma cruz gamada, dá no mesmo. Fascistas brasileiros, com certeza.
São os donos da rua, do pedaço, dos espaços públicos. Criam
as próprias leis e fiscalizam sua obediência. Realistas maiores do que o
próprio rei, a quem mais interessa é que cumpram suas obrigações de votar o
continuísmo.
Em cidades grandes, somem na multidão, mas nas médias e
pequenas, quando o partido é situação, aí fazem valer suas “ordens”. Tomam
espaços públicos como se fossem da estrela com a nova regra disso ou daquilo.
Se arvoram em autoridade constituída pelo partido, nunca pela cidadania.
A maioria bebe nas fontes públicas ou tem parente se
embriagando nelas. Portanto, literalmente vestem a camisa vermelha da vergonha
nacional. E lá brilha no peito a estrelinha de xerife.
Não há canto onde não ponham o bedelho como autoridade. São
eles que mandam e desmandam, até mesmo ordenam sem eira nem beira. Querem
porque querem fazer valer a nova ordem.
Quem assistiu ao filme “A onda”, de Dennis Gansel, inspirado
no livro homônio do americano Todd Strasser, tem visão bem didática de como os
regimes de força se formam, controlam as massas e criam seus exércitos de
colaboradores. Xerifes nazistas ou petistas, parece só haver diferença na
língua. O jeitão prepotente é o mesmo, a fonte de onde brotam é a mesma
burguesia de assalariados descontentes consigo próprios, sempre loucos por
participar de uma mudança que nem sabem qual é ou a que leva.
No fundo querem ser o que não são nem nunca serão. Pretendem
mostrar aos outros uma imagem de força e poder quando são os mais fragilizados,
por não terem por base a educação e a formação. São meros nadas que se mostram
número quando em bando.
Nenhum comentário:
Postar um comentário