quarta-feira, 30 de abril de 2014

O êxodo por um governo

Dá mesmo o que pensar o êxodo haitiano do Acre. O governador petista, aproveitando a desgraça da cheia, humanitariamente, resolveu oferecer melhor destino aos refugiados. E escolheu logo São Paulo, maior capital do país, com grande oferta de empregos. Pergunta-se porque a escolha daquela cidade e não de enviar gente para outras também capacitadas a receber refugiados?
O gesto pareceria despercebido se não fosse a estranha coincidência de que com a enxurrada de refugiados se criaria um problemão para o governo paulista, adversário, e daria chance para que o candidato petista, envolvido em suspeita de transação mal resolvida, pudesse deslanchar e aparecer como salvador dos haitianos. Seria assim um defensor intransigente dos direitos humanos como é o governo federal, que vem empurrando o problema com a barriga. Mais um caso de direitos humanos que passa longe de qualquer tratamento pelos petistas, que criam um rosário de cargos e funções no setor, mas tudo de fachada.
Como o governo acreano não recebeu qualquer apoio federal, do próprio partido - a presidência levou mais de 40 dias para visitar o local da calamidade -, parece ter decidido em causa própria ajudar o companheiro na candidatura próxima. Nada melhor para um defensor dos direitos humanos do que despachar gente como gado para criar um abacaxi de presente aos paulistas. Com a bomba na mão, o candidato Alkmim se veria enredado em resolver o problema para não ficar com a pecha de um governante mal qualificado ao dar soluções humanitárias.
A solução acreana é digna de página maquiavélica como só é capaz a mente petista do qualquer crime por um governo. 

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