terça-feira, 29 de abril de 2014

O boom do encalhe

Os sucessivos escândalos envolvendo a Petrobras não só afetam a imagem e os negócios da empresa. Muita gente de fora se vê num dilema com a série de notícias envolvendo a estatal. Um dos setores atingidos é o imobiliário, principalmente em cidades próximas a projetos da Petrobras. Não adianta nem mais a enxurrada de promessas de governinhos petistas sobre o petróleo como alavanca do progresso de suas cidadezinhas dominadas. A compra e venda de imóveis, por exemplo, em cidades como Itaboraí e Maricá, ambas no Rio de Janeiro, praticamente estancou. Se teme um encalhe ainda maior no negócio se persistir (e parece que ainda vai durar muito) a crise na Petrobras.
Depois do boom com a descoberta dos poços do pré-sal e com o anúncio dos governos municipais de grandes investimentos imobiliários estrangeiros, os corretores estão em polvorosa com o número de negociações no setor que beiram a zero. Os preços dos imóveis até subiram além da conta, em comparação a outros municípios bem mais saudáveis sócio-economicamente, mas não mais se vende.
Os empresários alertam para o excesso de promessas governamentais que estão indo pelo ralo como outro grande motivo para a queda. Isso sem contar com as revelações das farsas municipais sobre investimentos, o que tende a piorar o panorama imobiliário. 
Maricá, por exemplo, que tem anunciado investimentos estrangeiros no setor, em parte devido às viagens de negócios do prefeitinho, com dinheiro público, bancando agente imobiliário de negócios privados, está com as empresas do setor praticamente às moscas. E ainda há outros voos da dupla governamental na agenda para “vender” mais negócios da China sem qualquer contrapartida para o município.

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