Os sucessivos escândalos envolvendo a Petrobras não só
afetam a imagem e os negócios da empresa. Muita gente de fora se vê num dilema
com a série de notícias envolvendo a estatal. Um dos setores atingidos é o
imobiliário, principalmente em cidades próximas a projetos da Petrobras. Não
adianta nem mais a enxurrada de promessas de governinhos petistas sobre o
petróleo como alavanca do progresso de suas cidadezinhas dominadas. A compra e
venda de imóveis, por exemplo, em cidades como Itaboraí e Maricá, ambas no Rio
de Janeiro, praticamente estancou. Se teme um encalhe ainda maior no negócio se
persistir (e parece que ainda vai durar muito) a crise na Petrobras.
Depois do boom com a descoberta dos poços do pré-sal e com o
anúncio dos governos municipais de grandes investimentos imobiliários
estrangeiros, os corretores estão em polvorosa com o número de negociações no
setor que beiram a zero. Os preços dos imóveis até subiram além da conta, em
comparação a outros municípios bem mais saudáveis sócio-economicamente, mas não
mais se vende.
Os empresários alertam para o excesso de promessas
governamentais que estão indo pelo ralo como outro grande motivo para a queda.
Isso sem contar com as revelações das farsas municipais sobre investimentos, o
que tende a piorar o panorama imobiliário.
Maricá, por exemplo, que tem anunciado investimentos
estrangeiros no setor, em parte devido às viagens de negócios do prefeitinho, com
dinheiro público, bancando agente imobiliário de negócios privados, está com as
empresas do setor praticamente às moscas. E ainda há outros voos da dupla
governamental na agenda para “vender” mais negócios da China sem qualquer
contrapartida para o município.
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