sexta-feira, 21 de março de 2014

Máquina de compra de votos

Já foi o tempo de se garantir a boquinha nos governos e legislativos com dentadura, saco de cimento, caixão e outras fórmulas bem mais bizarras. A Republiqueta Estrelada solucionou muito bem a compra de votos descarada. Resolveu acionar a máquina pública para se fantasiar de projeto social, principalmente a partir de ano pré-eleitoral. Nada daqueles cabides de emprego e de doações particulares. Agora doam-se, ou melhor, são entregues às prefeituras maquinários para se fazer obra que nunca sairá do papel, mas garantem propaganda forte junto às massas. São agrados eleitoreiros que passam na cara da Justiça, que como sempre fica de olhos vendados. Como pode proibir uma “doação” tão impactante junto à população? Vai condenar o beneficiado na ponta? Para não dar tiro no pé, prefere se restringir a ser mais uma estátua.
Assim o kit Máquina está tratorando em quatro de cada cinco prefeituras com a distribuição de 7.326 veículos. E antes das eleições está prevista a entrega de mais 11 mil entre motoniveladora, retroescavadeira e caminhão-caçamba.

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E falando de máquina, eis uma historinha de tempos bem mais recentes do que se pensa. Ilustra o que os simpatizantes da Republiqueta Estrelada são capazes de fazer com máquinas. São as mágicas orgias para engambelar o povo. Governo de Vila dos Patos anunciou com toda pompa um convênio (leiam-se cifrões pagos com dinheiro do povo) com uma organização, sediada a léguas de distância, para desenvolver a piscicultura na região e até conseguiu a doação de uma máquina para cavar os tanques. Poucos anos são passados, nem se fala do convênio que custou um bom dinheiro e não deu em nada, nem sequer sabe-se da tal máquina em que buraco se enfiou, ou foi enfiada. E de peixe criado nem barrigudinho.
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Ainda não se esqueça daquele “presente” recebido, por coincidência, também por Vila dos Patos. O governo da época soltou foguetório, anunciou por seca e meca o fim da falta de água na cidade. Enfim tinham uma perfuratriz especialíssima para acabar com o sofrimento da população. A máquina chegou e aí descobriram que não era para qualquer um operar. Saíram atrás de contratar um operador. Como era especialista, ganhava mais do que o governo podia pagar. E lá se foi a solução por água abaixo, pois tinha-se o veículo, mas ninguém para fazê-lo funcionar. Nenhum poço foi perfurado e a máquina tomou chá de sumiço. A seca também continuou.     

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