Em 6 de agosto de 2020, o bolsonarismo baniu o termo “quarentena”.
A ata de uma reunião no Ministério da Saúde, realizada naquele dia, é explícita:
“Os termos quarentena e auto-isolamento não serão mais utilizados nos documentos técnicos”.
Àquela altura, os responsáveis pela chacina bolsonarista sabiam perfeitamente que quarentena e auto-isolamento eram o único instrumento seguro para reduzir o número de mortes. De fato, numa reunião anterior, em 25 de maio, os técnicos de Eduardo Pazuello discutiram abertamente sobre o assunto, em documento reproduzido pelo Estadão:
“Toda pesquisa leva a acreditar que medidas sociais drásticas dão resultados positivos; que, sem intervenções, esgotamos UTIs, os picos vão aumentar descontroladamente; que, sem isolamento, levará um tempo muito grande, de um a dois anos, para controlarmos a situação”.
O bolsonarismo, portanto, não desconhecia a ciência; ele a ignorou de maneira premeditada, sabotando a quarentena e o isolamento social. A lorota de que Jair Bolsonaro acredita em Terra Plana é, na verdade, um álibi para acobertar seus crimes. Ele foi informado sobre o que deveria ser feito para diminuir a mortandade e, mesmo assim, preferiu praticar seu assassinato em massa. O sociopata eliminou o termo “quarentena” e, junto com ele, eliminou também 500 mil pessoas.
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