Qualquer que seja o vencedor, enfrentará tarefa dupla: fazer com que as coisas funcionem, o que já é trabalho suficiente; e enfrentar a oposição. Quase metade dos eleitores estará na oposição. Por mais que pareça surpreendente, tanto os seguidores do Coiso como do Poste os adotaram como ídolos. Não é preferência eleitoral, é paixão pelos candidatos. A dor de cotovelo pela derrota vira oposição sistemática. Soy contra, e pronto.
Formar o Governo não é problema: há o Centrão para oferecer seus gentis préstimos à governabilidade. Mas qualquer proposta irá sofrer com a torrente de paixão que tomou conta do Brasil. Imagine um eleitor do Poste aceitar uma decisão do Coiso, ou vice-versa! E nenhum dos candidatos tem o perfil conciliador que ajudaria a normalizar as relações do Governo com a oposição.
Ambos até podem dizer que seu objetivo é a paz, mas não dá: o Coiso, quando se distrai, o que menos mostra é vontade de conciliar. E o Poste, além de buscar instruções em Curitiba com seu chefe ressentido, já foi capaz de defender em livro o trabalho escravo, desde que promovido por países socialistas. Ideologia pura. E guerra ao adversário o tempo todo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário