quinta-feira, 26 de abril de 2018

Nossas elites odeiam o Brasil, que só serve para que façam fortunas

O Brasil é um país muito estranho, não há nada igual sobre a face da Terra. Tem todas as condições para ser o melhor do mundo, seu potencial é incomparável, mas está sempre refugando, não consegue decolar. Faltam-lhe governantes que saibam identificar quais são os verdadeiros interesses nacionais.

Daqui a cinco meses teremos nova eleição, é recomendável que os brasileiros raciocinem sobre isso, porque nem sempre as necessidades nacionais se confundem com os interesses dos países que disputam a liderança mundial, como Estados Unidos, Rússia e China.

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Muito pelo contrário, no Brasil os interesses nacionais quase sempre não têm nada a ver com as diretrizes preconizadas pelas grandes potências, é preciso encontrar um caminho próprio, embora este tema suprapartidário jamais seja discutido cá entre nós.

Em termos de debate político-institucional, na verdade estamos sempre rastejando. Ao invés de identificar os interesses nacionais, nossas lideranças se perdem em discursos inconsistentes sobre direita e esquerda, chega a ser ridículo e até patético.

O Brasil é diferente. Em relação a seu território contínuo, é o quarto maior do mundo, somente superado pelos EUA quando incluem o Alasca e o Havaí. Quanto à população, estamos na quinta posição, com quase 209 milhões de habitantes, atrás da China (1,384 bilhão), Índia (1,296 bilhão), Estados Unidos (329 milhões) e Indonésia (263 milhões), e à frente do Paquistão (208 milhões) e da Nigéria(195 milhões).

Logo seremos suplantados por Paquistão e Nigéria, porque nossa população está parando de crescer e tende a ficar estacionária, o que pode ser bom ou ruim, depende do ponto de vista. População crescente evita problemas com a Previdência, mas população estacionária pode significar melhor qualidade de vida. Os países europeus, com população estagnada ou decrescente, não precisam investir em novos hospitais, escolas, estradas, saneamento, energia etc. Pense nisso.

Aqui no Brasil é diferente e muito há a ser feito, mas as elites não querem esperar. Para elas, o Brasil só serve para fazer fortuna e ir viver lá fora. Foi modificado, portanto, o slogan do regime militar. Naquela época era “Brasil, ame-o ou deixe-o”. Agora é “Brasil, explore-o e deixei-o”.

É nesse clima de baixa-estima que a nação vai às urnas para escolher o menos pior. Pretendo votar no candidato que apresente os melhores planos para conter a dívida pública e aprimorar a Previdência, com uma reforma que não mantenha privilégios de nenhuma classe profissional.

Gostaria que esse candidato retomasse os CIEPs de Brizola, Darcy e Niemeyer, transformar os presídios em colônias agrícolas e polos industriais e prestadores de serviços às comunidades. Que investisse em energia solar e eólica, ferrovias, portos e rodovias, para diminuir o custo Brasil. E que adotasse um plano de carreira no serviço público, com progressões por mérito e produtividade.

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