Alguma coisa não bate, nessa protelação que deixa mal o Supremo Tribunal Federal.
Nos tempos do Descobrimento, anos se passaram sem que as naus portuguesas conseguissem dobrar o Cabo Bojador, depois do qual se imaginava o oceano despencando num precipício cheio de monstros e dragões. Foi preciso que Vasco da Gama seguisse adiante, contornasse o continente africano e afinal chegasse às Índias.
Falta um capitão corajoso para enfrentar o desconhecido, como também um novo Henrique, o Navegador, para estimular a aventura.
O impasse diante da corrupção, hoje, lembra a epopeia lusitana daquele idos. Faltou coragem nos dois casos, até que um desbravador se animasse a seguir em frente.
Carlos Chagas
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