Com certeza os eleitores de parlamentares de diversos partidos, como os senadores Cristovam Buarque, Simone Tebet, Ricardo Ferraço, Antonio Anastasia, Randolfe Rodrigues, Aloysio Nunes, Ana Amélia ou Magno Malta, ou de deputados como Chico Alencar, Alessandro Molon, Antonio Imbassahy, Jarbas Vasconcellos, Marcelo Freixo, Mara Gabrilli, Raul Jungmann ou Jean Wyllys, se sentem representados e confiam em seus representantes. Estima-se que eles sejam um para cada cinco da atual legislatura: os 300 picaretas de Lula passaram para 400, como mostraram as últimas votações.
Não, os políticos não são todos iguais, ainda não. Mas não basta ser honesto, é preciso parecer honesto, boas intenções e nobres ideais não são suficientes, é preciso ser combativo e competente na defesa dos interesses de seus eleitores e do país. Em cálculos otimistas, no atual Congresso são quatro bandalhos para cada parlamentar decente, eficiente e acima de suspeitas. Somos uma minoria multipartidária, de diversas posições políticas, e brigando entre si. Mas é o que nos resta, fora da instituição não há salvação.
É difícil, no atual cenário, mas é preciso manter a confiança e esperança nos nossos representantes. Ainda temos essa minoria ativa que resiste e pode impedir a aprovação da anistia ao caixa 2 e denunciar sabotagens contra medidas anticorrupção. Se não contarmos com eles, com quem então?
Por falar em caixa 2: se a empreiteira prova que pagou uma quantia não contabilizada a um político, e ele não consegue comprovar que a gastou em despesas de campanha, é propina, compra de votos ou lavagem de dinheiro? E embolsar o caixa 2, é o quê?
A esperança do Ano Novo é que esse lixo seja varrido do Congresso pela Lava-Jato e pelos parlamentares decentes, limpando a área para novas lideranças.
Nelson Motta
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