Obrigado pela crise a aposentar o triunfalismo do ‘nunca antes na história desse país’, Lula perdeu a agenda e o discurso. Sem assunto, foi deselegnate e desconexo. Perdeu a elegância ao expor seu desejo de voltar —‘eu sei’ governar— num instante em que Dilma luta pelo mandato. Desentendeu-se com o nexo ao usar contra Temer o mesmo veneno privatista que usava no passado para tirar o tucanato do eixo.
Lula voltou a chamar impeachment de “golpe”. E atribuiu a Eduardo Cunha a ruína que carbonizou a gestão-companheira de Dilma. Disse que a economia “desandou de 2015 para cá, sobretudo porque elegeram um cidadão como presidente da Câmara que se utilizou do cargo para atrapalhar a Dilma a governar este país.'' Referia-se a Eduardo Cunha: “Me parece que agora ele está para ser cassado''.
O morubixaba do PT esqueceu de mencionar que Cunha virou problema lá atrás, ainda no governo Lula, quando recebeu do petismo salvo-conduto para instalar nos cofres de organizações como a Petrobras e a Caixa os dutos que drenaram verbas públicas para suas contas secretas na Suíça.
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