Não se pode confiar no BrasilGuilherme Fontes
Vem chegando o Natal para fechar o ano que começou no Carnaval. Em verdade, tempo que no Brasil só existiu na folhinha, nos crimes, nos acidentes, no desemprego, na queda da produção e nos desastres ambientais. De resto, foi ano zerado na política e na governabilidade. Tezentos e sessenta e cinco dias perdidos para o país de custo altíssimo para a população.
Lucro mesmo para os bancos, os políticos e quem assinou delação premiada. Na avalanche de cretinice que assolou o país, salvaram-se os de sempre nos poderes.
Dilma adiou o próprio impeachment, Eduardo Cunha prorrogou seu julgamento na Comissão de Ética, Lula e a companheirada empurraram para o próximo ano as denúncias de envolvimento na maior rapinagem do mundo em cofres públicos. Ah, também condenados do Lava Jato, exibindo tornozeleiras eletrônicas, passarão as festas em seus apartamentos e casarões de milhões.
O Natal do brasileiro, como a árvore da Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio, desabou pela tempestade de incúria política que vem devorando o que pode no país. Nem adianta esperar por Papai Noel. Só vai mesmo aparecer nas reportagens sobre o espírito natalino que baixa todo ano, nesta época, no brasileiro e nas tevês. Será apenas virtual, e olhe lá.
Ao menos a dieta forçada fará com que não se empanturre o espírito, que mais leve poderá desfrutar de clareza para pensar na porcaria que se fez.
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