Como se sabe, acertou as contas enviando a sedutora, dissimulada e perspicaz – assim feita para obter abrigo na humanidade – Pandora com a tal caixa. Zeus não criou o mundo, apenas lhe deu cosmicidade, organizando os domínios entre os deuses; como o jeca que não inventou a corrupção, mas a aprofundou na sagração dela como modo de permanecer no poder, determinando entre os comparsas os quinhões de esbulho do país.
Nessa ordenação, enviou-nos a tal pândora trôpega que seduziu não pelo charme que lhe falta, mas pela chave do cofre que ele lhe passou. Para cumprir a missão vigarista, Dilma Rousseff se empenhou também em crimes fiscais em 2014 e, inutilizando o argumento inútil de que os crimes de um mandato não comprometem o mandato seguinte, em 2015 inclusive, segundo nova denúncia do procurador Júlio Marcelo de Oliveira.
Território linguístico inóspito à perspicácia e onde prolifera a mentira, o dilmês instaura o ethos político – pelo conceito de Barthes – da presidente de estupidez mitológica na biografia do jeca como o pior erro (para ele) desse zeus degenerado porque espera para logo, depois de espalhadas tantas cafajestices, no fundo da caixa de pândora, o impeachment.
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