quarta-feira, 10 de junho de 2015

Plano não tem força para levantar o PIB neste mandato


O esforço do governo em impulsionar as concessões é válido não só porque esse é um grande gargalo da economia, mas também porque é uma das poucas formas de tentar impulsionar o crescimento do país.

Como os investimentos demoram a se consolidar, seus principais efeitos não serão sentidos nos próximos quatro anos, nem mesmo que o plano dê certo.

Segundo o próprio ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, dos R$ 198,4 bilhões de investimentos previstos, apenas R$ 69 bilhões devem acontecer até 2018. O resto fica para depois.

Uma conta simples dá uma melhor dimensão do que esse investimento corresponde em relação ao nosso PIB, que chegou a R$ 5,5 trilhões no ano passado, segundo o IBGE.

Os R$ 69 bilhões previstos até 2018 correspondem a cerca de 1,2% do PIB. Se esse valor for diluído pelos próximos três anos, serão R$ 23 bilhões por ano. Ou seja o impulso do programa seria de 0,4 ponto do PIB por ano.

O principal efeito do programa é tentar reverter a confiança, principalmente dos empresários. Mas ele sozinho não resolve nosso problema do baixo crescimento.
Míriam Leitão

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