domingo, 7 de junho de 2015

Exploração de trabalhador tem nome

Quem olha a megaempresa que abate mais de 2 milhões de bovinos ao dia, não imagina que há pouco mais de 15 anos ela não era considerada um grande player no mercado global. Hoje, com 200.000 funcionários em 350 unidades pelo mundo, a JBS, da holding J&F, cresceu a partir de 2003, quando o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) passou a conceder empréstimos pesados e até se tornar seu sócio.

O boom da empresa, nascida em 1953 no Estado de Goiás, ocorreu nos anos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista foi um dos principais beneficiados pelas milionárias doações eleitorais da JBS. Essa ligação, aliás, é constantemente rejeitada pelos responsáveis pelo grupo. Em entrevista à revista “Exame”, Joesley Batista, um dos controladores da J&F, diz que não depende da caridade do Governo. Na ocasião, em 2012, ele comentava a compra de uma das principais construtoras que prestava serviços para a União, a Delta.

Parte dos recursos que entravam na JBS acabaram sendo usados para adquirir pequenos concorrentes e grandes também. Joesley costuma dizer que gostavam de comprar empresas maiores que eles. “Nós éramos de um tamanho 100 e comprávamos um negócio de tamanho 200 e, assim, dobrávamos nosso potencial”, afirmou em uma palestra para empresários. Compraram por exemplo a Swift, a Tasman Group, a Smithfield Beef, a Five Rivers e a Seara.

Hoje, além de produção de carnes (bovina, suína, ovina e de aves), o grupo, controlado pela mesma família que o fundou, possui fábricas de celulose, biodiesel, um banco e uma emissora de televisão, o Canal Rural
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